O chefe de segurança do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, testou positivo à COVID-19 esta terça-feira, 12 de janeiro. O segurança esteve em contacto com o Presidente num espaço fechado no domingo, 10, no Palácio de Belém, conforme revelou Marcelo Rebelo de Sousa ao jornal "Público".

Marcelo acabou por não comparecer presencialmente no último debate presidencial com os sete candidatos marcado para as 22 horas desta terça-feira, apesar de o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo ter inicialmente autorizado a presença do Presidente e considerar que não existiria risco de contágio.

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Tudo indicava que Marcelo estaria livre da doença da COVID-19 após o segundo teste negativo que recebeu ao final do dia desta terça-feira, que contrariava o teste positivo de segunda-feira, 11.

Contudo, por volta das 21h45, a minutos do debate, o presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo voltou atrás e informou Marcelo Rebelo de Sousa que o melhor seria ficar em casa e prometeu um e-mail a justificar a recomendação. 

Por esta altura Marcelo Rebelo de Sousa já tinha sido entrevistado pela RTP à porta de casa, em Cascais, e ainda sem saber da infeção do chefe de segurança decidiu não ir até ao Pátio da Galé — local onde decorreu o debate presidencial.

“Sinto-me muito irritado, porque não me dão por escrito uma posição sobre se eu podia ir ao debate ou não. Portanto, eu não tendo uma posição. Esperei, esperei. A primeira era que eu podia ir, a segunda é que não, verbalmente. Estou à espera de uma reunião. Na dúvida, vim para casa", avançou o Presidente, revoltado por não ter uma resposta por escrito das autoridades de saúde.

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Marcelo acrescentou ainda que faria o debate à distância a partir de casa e não de Belém, justificando que "o debate não é com o presidente da República, é com o candidato”, disse à RTP. No fim do debate, Marcelo Rebelo de Sousa fez um balanço e considerou que correu bem. "Ouvi críticas à direita e críticas à esquerda, mas fiquei ao centro, fiz o equilíbrio", disse ao "Público".

O Presidente da República encontra-se agora a cumprir isolamento profilático devido à infeção com COVID-19 do chefe de segurança pessoal.