Mónica Silva, uma mulher grávida da Murtosa, no distrito de Aveiro, está desaparecida há mais de dois meses. Fernando Valente, o principal suspeito do crime, que está indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado, vai passar para prisão domiciliária, segundo informou fonte policial esta sexta-feira, 22 de dezembro, conforme escreve a SIC Notícias.

Família de Mónica Silva foi alvo de queixa por Fernando Valente. Principal suspeito do caso sentiu-se difamado
Família de Mónica Silva foi alvo de queixa por Fernando Valente. Principal suspeito do caso sentiu-se difamado
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O Tribunal de Aveiro decidiu substituir a medida de coação de prisão preventiva aplicada ao arguido de 39 anos a 18 de novembro pela “medida de obrigação de permanência na habitação com fiscalização por meios eletrónicos”, segundo revelou o juiz presidente da Comarca de Aveiro em comunicado.

Esta decisão foi tomada pelo tribunal, dado que se mostra “agora viável um controlo minimamente eficaz da prevenção da perturbação do decurso do inquérito, do perigo de fuga e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, mediante recurso a medida de coação menos grave”, segundo o “Correio da Manhã”.

Mónica Silva estava grávida de sete meses e foi vista pela última vez no dia 3 de outubro. A mulher terá saído de casa nessa noite, alegando ir ao café, e ligou aos filhos de 11 e 14 anos a dizer que estava a voltar para casa. Contudo, isso nunca chegou a acontecer. O seu telemóvel foi desligado no próprio dia e deu sinal 24 horas depois no Alentejo, no concelho de Cuba, onde Fernando Valente tem uma propriedade. Segundo a família da vítima, Mónica e Fernando estariam a namorar e o homem seria o pai da criança.