O paradeiro de Mónica Silva continua desconhecido. Apesar de todos os esforços feitos, desde buscas organizadas pelas redes sociais até mergulhadores a investigar na Ria de Aveiro, por baixo da Ponte da Varela, com a supervisão da Polícia Marítima, a mulher grávida de sete meses da Murtosa, no distrito de Aveiro, está desaparecida desde outubro, o que já perfaz cinco meses. 

Já há detalhes da autópsia ao corpo encontrado numa mala que poderia ser de Mónica Silva
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Detido desde o dia 16 de novembro que Fernando Valente, ex-companheiro de Mónica e o principal suspeito do crime, está indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado, tendo passado de prisão preventiva para prisão domiciliária em dezembro. De acordo com o "Correio da Manhã", que cita fontes da investigação, foram encontrados vestígios que o ligam ao crime num dos carros do suspeito.

Apesar de a detenção ter ocorrido há já três meses, foi esta segunda-feira, 18 de março, que novas pistas surgiram. A tia de Mónica Silva, Filomena, contou à CMTV que recebeu no correio uma carta com supostos pormenores sobre a morte da sua sobrinha, desaparecida desde outubro, e que falam de Fernando Valente.

Segundo a mulher, a carta está assinada, e Filomena disse que a vai entregar à Polícia Judiciária. "Alguém viu e diz que foram dois brasileiros, a mando de Fernando Valente", o ex-companheiro de Mónica, referiu a tia da jovem. O autor "pede a Fernando Valente para confessar tudo", acrescentou.

Mónica Silva não é vista desde o dia 3 de outubro, quando terá saído de casa, à noite, alegando ir ao café. Consigo levou as ecografias da gravidez e, apesar de, poucas horas depois, ter telefonado ao filho mais velho e dito que estava a regressar a casa, nunca mais foi vista. Nessa mesma noite, o telemóvel da vítima foi desligado, mas, 24 horas depois do seu desaparecimento, o dispositivo acabou por dar sinal no Alentejo, no concelho de Cuba, onde o ex-companheiro, Fernando Valente, tem uma propriedade.

Filomena Silva, tia de Mónica, disse que, no dia seguinte ao desaparecimento, viu Fernando Valente a queimar esses mesmos papéis, avança o "Correio da Manhã". De acordo com a tese da investigação, Fernando terá assassinado Mónica por esta o querer forçar a contribuir para as despesas de educação do filho que ela esperava. O homem, que recusava admitir a paternidade, não queria comparticipar com nada.