Já se sabe que a data de arranque da época balnear este ano passou para 1 de junho — habitualmente acontece em maio — e que as idas à praia vão ser limitadas. Novas atualizações acontecem todos os dias e esta sexta-feira, 24 de abril, mais duas: os acessos vão ser controlados pela GNR, PSP e Polícia Municipal e teremos a Polícia Marítima a controlar os possíveis ajuntamentos nos paredões e no areal.

Várias entidades estiveram reunidas na Agência Portuguesa do Ambiente e, segundo avança o "Correio da Manhã", foi estudada a hipótese de serem colocados torniquetes à entrada das praias, de maneira a contabilizar o número de pessoas. Também se discutiram formas de as pessoas terem informação sobre a praia a que se querem dirigir antes de saírem de casa.

De concreto, apenas a certeza de que para o controlo das restrições impostas, a Polícia Marítima vai contar com o apoio da GNR e da PSP. O "Correio da Manhã" garante que o governo vai autorizar a Autoridade Marítima a reforçar as patrulhas com mais fuzileiros além daqueles que, já todos os anos, participam no projeto Sea Watch de patrulhamento das praias não vigiadas. Além disso, todos os acessos por carro vão ser controlados, com as entidades a bloquear estradas ou estacionamentos, ou a circulação de transportes públicos, como comboios e autocarros.

Já há decisões. É assim que vão funcionar as praias no verão com as novas medidas de segurança
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Fonte ligada ao processo admite que as preocupações são muitas e que nada está definido. Falta saber de que forma os nadadores salvadores se vão proteger e se é viável estabelecer um número máximo de pessoas por praia, calculando pela sua área segura, ou seja, longe das arribas e acima da maré alta. As autoridades temem que que impondo muitos limites às praias concessionadas, os banhistas prefiram as praias não vigiadas, o que pode levar a uma aglomeração sem controlo.

Esta semana, Catarina Gonçalves, coordenadora nacional do programa Bandeira Azul da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), numa entrevista à Rádio Observador, adiantou que as praias vão ter mesmo uma lotação máxima e que, por serem um espaço público, terão de seguir todas as recomendações de segurança de entidades como a Direção-Geral da Saúde (DGS), como o distanciamento entre as pessoas e um espaço seguro para as sombras e para os chapéus de sol.

Na mesma entrevista, Catarina Gonçalves também referiu que o uso de máscaras pelos banhistas "vai ter de ser regulamentado", sendo possivelmente exigido na frequência de restaurantes de praia ou bares de apoio.

No entanto, implementar todas estas medidas de segurança pode não ser tarefa fácil. "A praia é gerida por várias entidades. Estamos a falar de um local em que temos de sensibilizar todos os utentes para serem aliados destes esforços. Caso contrário, não vamos conseguir", acrescentou