Depois de ter afirmado que as alterações climáticas eram uma “farsa”, e de ter tirado os Estados Unidos da América do Acordo de Paris – que reúne medidas de redução de emissão de gases de estufa – Trump voltou a fazer comentários polémicos.
Na cimeira G20, no Japão, o presidente norte-americano afirmou que as energias renováveis não funcionam e que não quer comprometer os números de produção do país.
“Temos a água mais limpa de sempre, temos o ar mais limpo de sempre. Mas eu não estou disposto a sacrificar o tremendo poder que construímos durante um longo período de tempo”, explicou Donald Trump. “Não tenho a certeza se concordo com o que certos países estão a fazer, uma vez que estão a perder muito poder. Estou a falar das centrais elétricas”, continuou.
O atual presidente dos Estados Unidos da América explicou que as energias renováveis não funcionam sempre, uma vez que o vento pode falhar e a energia solar não é forte o suficiente. “Nem sempre funciona com as eólicas. Quando não há vento, elas não funcionam. A energia solar também nem sempre funciona porque não é forte o suficiente” comentou.
Os financiamentos também entram na equação para explicar o porquê de descartar a ação climática: “A energia eólica não funciona sem subsídios. Os Estados Unidos estão a pagar subsídios tremendos para o vento. Eu não gosto disso”.
Trump continuou a defender a saída do país do Acordo de Paris, mas negou as acusações de que estaria a ignorar o problema. O presidente optou por responder que tomar uma ação climática em relação ao aquecimento global afetaria a economia americana. “Temos os melhores números de sempre e eu não quero pôr as nossas empresas em causa”, explicou. “Não quero criar algo que nos permita perder 20 a 25% da nossa produção”.