Poucas histórias definem melhor a expressão "problemas de primeiro mundo" do que esta. O que está em causa? Um humorista multimilionário, impedido (temporariamente) de entrar num dos restaurantes mais badalados de Nova Iorque, por ter feito comentários desagradáveis.

Depois de ter dito ao "New York Times" que não tinha "feito nada de mal", James Corden regressou ao seu talk show, "The Late Late Night with James Corden", esta segunda-feira, 24 de outubro, com uma versão diferente dos acontecimentos.

"James Corden é um cretino". Humorista (temporariamente) banido de restaurante após insultos e ameaças
"James Corden é um cretino". Humorista (temporariamente) banido de restaurante após insultos e ameaças
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Recuemos brevemente até ao início da novela, no dia 17 de outubro: Keith McNally, dono do Balthazar, revela no Instagram que o humorista britânico tinha sido banido do restaurante por, em duas ocasiões diferentes, ter sido agressivo e malcriado com os funcionários. Pouco tempo depois, anuncia que Corden já não está banido. No entanto, o mal estava feito e o que se seguiu foi uma semana pouco simpática para o comediante.

Esta segunda-feira, 24, Corden aproveitou o monólogo inicial do programa para explicar o que, na sua versão, se passou aquando das visitas ao restaurante Balthazar, em Nova Iorque. Com os pais na plateia, James Corden começou por elogiar o restaurante de Nova Iorque. "Eu adoro aquele sítio. Adoro a comida, a vibe, o serviço. Se vivesse em Nova Iorque, iria lá todos os dias, caso eles me deixassem entrar", disse o apresentador, continuando: "A minha mulher tem uma intolerância alimentar muito séria. Quando os pratos de toda a gente chegaram, a minha mulher recebeu a comida à qual é alérgica. Não ficámos chateados, mandámos para trás. Tudo bem", conta o humorista.

James Corden explica que o pedido da mulher veio errado três vezes e que, "no calor do momento", fez "um comentário sarcástico e malcriado" sobre a possibilidade de ir para a cozinha, algo que Keith McNally já tinha contado na sua versão dos acontecimentos. "É um comentário do qual me arrependo profundamente. Eu percebo as dificuldades de ser empregado de restaurante. Eu trabalhei em restaurantes durante anos. Tenho muito respeito e valorizo quem faz esse trabalho", salientou Corden, confirmando que tanto o gerente como os funcionários foram "muito amáveis" e que trouxeram "copos de champanhe como forma de pedir desculpa".

"Porque não gritei, nem saltei do meu lugar, nem chamei nomes a ninguém, pensei que não tinha feito nada de mal. Mas a verdade é que fiz. Fiz um comentário malcriado, foi desnecessário e indelicado para com o empregado", admitiu o apresentador do talk show da CBS.

No entanto, James Corden desmentiu o dono do Balthazar, dizendo que o primeiro episódio, relacionado com um prato que tinha um cabelo, aconteceu em 2014. "Quando vi o post dele, pedi o número dele, liguei-lhe e disse-lhe o quão perturbado estava por haver alguém magoado por algo que eu pudesse ter feito. Tivemos uma boa conversa, ele ficou contente por eu ter esclarecido a situação, e fiquei a achar que tínhamos lidado com a situação de forma privada. Mas, nesta altura do campeonato, a história já andava por aí", relembra o humorista britânico, que, de forma bem disposta, leu vários tweets ofensivos sobre si.

"Nunca foi a minha intenção ofender ninguém. Adoro aquele restaurante, espero poder lá voltar. Quando voltar a Nova Iorque, espero poder lá ir e pedir desculpas pessoalmente. Será algo que farei de certeza absoluta", concluiu James Corden.