As últimas 24 horas em Hollywood têm sido de muito drama. Este sábado, 21 de dezembro, Blake Lively processou Justin Baldoni, com quem fez par romântico "Isto Acaba Aqui", acusando-o de assédio sexual nas rodagens do filme – e parece que o ator já está a sentir as represálias.
O artista, que também foi realizador do filme inspirado no romance homónimo de Collen Hoover, foi afastado da agência pela qual era representado. A decisão da WME veio a público no mesmo dia em que a polémica explodiu e, de acordo com fontes da "Deadline", a decisão está diretamente ligada à queixa da atriz.
A atriz, que continua a ser representada pela mesma agência, acusou não só Justin Baldoni, mas também a sua produtora, Wayfarer Studios, e outros envolvidos na produção do filme, de assédio sexual e de ter levado a cabo uma campanha de "manipulação social" para manchar a sua reputação, no âmbito da promoção do filme.
Essas mesmas tentativas foram corroboradas pelo "The New York Times", que fez um artigo de investigação no qual foram divulgadas mensagens de uma equipa contratada pelo ator – e que já tinha trabalhado com Johny Depp –, que terá feito de tudo para que Blake Lively fosse criticada nas redes sociais.
De acordo com a queixa de 10 pontos apresentada ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, a atriz acusa o colega de ter tido comportamentos inadequados que lhe terão causado "grave sofrimento a nível emocional", como mostrar vídeos e imagens explícitas de outras mulheres e vangloriar-se das suas conquistas sexuais, bem como de fazer comentários sobre o seu peso e em relação ao seu pai, que já morreu.
No seguimento desses comportamentos, foi organizada uma reunião, cujo objetivo passava por proteger Blake Lively desses comportamentos, através de uma série de exigências por parte da mesma. Esta contou com a presença de representantes da Sony Pictures, distribuidora do filme, e de Ryan Reynolds, marido da atriz, segundo o TMZ.
A empresa aceitou as exigências da atriz, que passavam pela cessação imediata dos comportamentos denunciados e a garantia de que não seriam adicionadas cenas sexuais ao guião previamente aprovado. Terá sido por causa disso que Justin Baldoni e a sua equipa começaram a pôr em prática um plano para arrasar a atriz.
Blake Lively e Colleen Hoover já reagiram
Depois de a polémica irromper, Blake Lively já aproveitou para se pronunciar em relação ao sucedido. Num comunicado enviado ao "The New York Times", a atriz revelou que espera que esta ação ajude a proteger outras pessoas de situações do género.
"Espero que a minha ação judicial ajude a revelar estas tácticas sinistras de retaliação para prejudicar as pessoas que se pronunciam sobre casos de má conduta e ajude a proteger outras pessoas que possam ser visadas", lê-se na missiva, citada pelo "Tribune".
Quem também já veio falar sobre o caso é Colleen Hoover, a autora do livro que deu origem ao filme. A escritora recorreu ao Instagram para deixar uma mensagem de apoio à protagonista de "Isto Acaba Aqui", este sábado, 21 de dezembro, tendo dado ênfase ao artigo do "The New York Times".
"Blake, não tens sido sido nada além de honesta, gentil, solidária e paciente desde o dia em que nos conhecemos", começou por escrever. "Obrigada por seres exatamente o ser humano que és. Nunca mudes. Que nunca murches", disse, aludindo para a profissão da personagem que a atriz interpretou, uma florista.
Apesar de todo o drama com que "Isto Acaba Aqui" veio de mãos dadas, o filme, que estreou a 9 de agosto deste ano, foi um autêntico sucesso de bilheteira, tendo arrecadado 148,5 milhões de dólares só nos Estados Unidos e no Canadá (mais de 142 milhões de euros). Pelo mundo, somou mais de 350 milhões de dólares (mais de 335 milhões de euros).