Cintia Chagas é a mulher que está a dividir o Brasil. Nascida em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, é formada em Letras e tornou-se conhecida por ensinar a língua portuguesa de uma forma irreverente. Desde então, tem reunido fãs, mas também haters.

Esta professora divertida intitula-se, nas redes sociais, como "especialista em comunicação" e "educadora". "Falar direito e comunicar-se bem é chiquíssimo", acrescenta, ainda, na biografia do Instagram, onde já soma mais de 5 milhões de seguidores. O crescimento tem sido acentuado, já que em fevereiro tinha "apenas" 1 milhão. Está a crescer às centenas de milhares de seguidores a cada semana, e o fenómeno já passou das redes sociais para a televisão, onde é cada vez mais uma figura assídua.

Taylor Swift arrasa Kim Kardashian. Veja como começou a zanga que dura há 15 anos e já mete crianças
Taylor Swift arrasa Kim Kardashian. Veja como começou a zanga que dura há 15 anos e já mete crianças
Ver artigo

Além de realizar cursos e palestras onde dá dicas de oratória, a professora de português e influenciadora já publicou livros best-sellers tais como "Sou péssimo em português" (2018). Tem 40 anos, assume-se como conservadora e é casada com Lucas Bove, deputado federal do Partido Liberal.

O percurso de Cíntia Chagas tem chamado à atenção da comunicação social, bem como do público. Milhares de mulheres não concordam com as atitudes desta professora e, recentemente, um grupo tentou boicotar uma palestra de Cíntia Chagas, com um protesto.

No passado, a brasileira (conhecida por ter opiniões polémicas) criticou as mulheres que bebem cerveja. Durante a palestra, algumas surgiram a fazer isso mesmo, tentando impedi-la de discursar, alegando que não se sentiam representadas, assim como informou o "Gazeta do Povo".

Já rotulada como "a professora mais divertida e conhecida do país", defende que "a mulher precisa de se submeter ao homem". "Refiro-me à ação de deixar o homem ser homem, de não castrar o homem e de ser, sim, em vários momentos, submissa, porque uma relação só se torna longínqua e feliz quando a mulher assume o papel dela e o homem assume o papel dele", afirmou. Nunca se consegue perceber ao certo o que é que, no seu perfil, é verdadeiro e apenas personagem, e é sobretudo isso que lhe dá tanta graça e cativa tanta gente, as que a adoram e as que a adoram odiar.

Cíntia Chagas defende ainda que "o horário da casa deve girar em torno dele" e não da vida da mulher. "Há situações em que a mulher deverá pedir permissão", continuou, citada pelo "Metrópoles". Foi através da sua veia empreendedora que se inspirou no teatro para criar cursos online de português.

"Eu fazia da sala de aula um palco. Sempre liguei o ensino à diversão, ao lúdico, ao cómico. Eu não sou aquela professora que resolveu dar aulas única e exclusivamente por amor à língua portuguesa, à comunicação. Resolvi dar aulas também por amor ao palco e queria dar aulas à minha maneira", disse, assim como recorda o mesmo jornal. Também aqui se percebe que muitos dos seus vídeos são um acting, uma performance, e até a forma como raramente olha para a câmara, preferindo um olhar para o vazio, passando o máximo de desprezo e arrogância, são uma forma de vestir e encarnar uma personagem.

Como era funcionária, e devido aos seus métodos fora do comum (como colocar os alunos a dançar funk), acabava demitida. "Pelo menos dez vezes", revelou. Tanto as opiniões polémicas como esta forma diferente de ensinar têm posto Cíntia nas bocas do Mundo, seja através de comentários positivos ou negativos.

"Eu era uma das meninas populares do colégio, mas amava estar sozinha para ler e para ver filmes. Houve épocas em que lia mais de 20 livros por ano", disse aos seguidores. no Instagram. A professora, que se declara católica, afirmou também que "sempre" foi "disciplinada, ambiciosa e estudiosa".

"Acha-se melhor que os outros?", perguntou-lhe um seguidor. "Sim", respondeu Cíntia Chagas. A comunicadora, que ensina português com recurso ao humor, também faz publicidades para marcas. Este ano, assumiu um papel de destaque durante o Carnaval brasileiro.