Tony Carreira marcou presença no "Conta-me", o programa de conversas intimistas da TVI, este sábado, 13 de maio. A entrevista, conduzida por Manuel Luís Goucha, incidiu sobre vários temas, mas o pontapé de saída foi o marco dos 35 anos da carreira do cantor, cujas celebrações foram levadas a cabo em alto mar, a bordo do cruzeiro MSC Fantasia, no fim do mês de abril.
Em colaboração com a Agência Abreu, este cruzeiro foi o primeiro em que o artista embarcou na vida. "Nunca tinha feito um cruzeiro, foi a primeira vez em tudo", comentou com o apresentador, acrescentando em tom de brincadeira que, por ter visto "Titanic" três vezes, sentia algum receio do desfecho da viagem.
Medos à parte, atirou-se de cabeça a esta iniciativa e preparou tudo intensamente para que as coisas corressem às mil maravilhas. "Faço sempre isso, porque a minha cena é tentar dar o melhor possível", afirmou Tony Carreira, referindo-se aos concertos que deu para as quase quatro mil pessoas que embarcaram no cruzeiro e à tentativa incessante de tentar dar atenção a todas.
"Não foi fácil, mas a minha ideia era estar o mais possível com as pessoas", frisa, acrescentando que não era uma missão propriamente fácil, "porque é muita gente". "Foi muito, muito bonito. Tentei interagir o máximo possível", enfatiza o artista, revelando que havia passageiros de vários pontos do globo, como a França, a Suíça e até o Canadá – e que ainda hoje fica "espantado" com o apoio que recebe. "Pareço um puto, porque isso é uma parte que ainda tenho em mim", aponta.
Ainda assim, apesar de toda a preparação que admitiu ter, parece que não foi suficiente aos olhos de vários passageiros, já que houve quem se insurgisse contra alguns aspetos da viagem. À MAGG, que esteve a bordo do cruzeiro, as críticas dos presentes iam da limpeza à simpatia dos funcionários, passando pela organização da sala de jantar e das cabines. E se, para uns, este foi um sonho tornado realidade, houve mesmo quem dissesse que a experiência não passava de um "pesadelo", como foi o caso de Sandra Lisboa, uma das passageiras.
Apesar de muita tinta ter corrido sobre os aspetos menos positivos do cruzeiro, Tony Carreira refere: "Estou de consciência tranquila. Tentei fazer o máximo, porque eu queria fazer aquilo", explica, à conversa com Manuel Luís Goucha. E disse que chegou mesmo a ler "disparates" em relação a algumas das críticas que circularam.
Um exemplo disso incidia sobre o facto de haver pessoas que diziam que, a bordo, para verem um dos espetáculos do cantor, tinham de pagar um montante extra. "Isso é mentira. A pessoa, quando comprou o pacote, tinha a opção de comprar com o espetáculo ou sem. Cada um decidiu o que quis decidir", esclarece.
Em relação às críticas que foram dirigidas ao Cruzeiro de 35 Anos de Canções de Tony Carreira, o primeiro do género a realizar-se com um artista português, a Agência Abreu reconheceu algumas falhas. "Existiram alguns problemas operacionais em terra e a bordo, em que a MSC, responsável pela operação, foi fazendo esforços para corrigir", frisou Pedro Quintela, diretor geral de vendas da Agência Abreu.
E parece que nem os problemas relatados pelos fãs demovem Tony Carreira de uma possível repetição de um evento deste género. "Muita gente perguntou quando é que voltámos a repetir aquele projeto. Não pensava em repetir e não quer dizer que repita, mas a ideia está cá", conclui.