Nos últimos dias, Paris Hilton tem estado num rol de revelações. Depois de anunciar que vai lançar um livro, "Paris: The Memoir", cuja publicação está prevista para 2 de março, a descendente do império dos hotéis Hilton tem vindo a público com alguns dos temas que vai abordar nas páginas da sua obra.

Uma delas é o nome do filho, que tem em conjunto com o marido, Carter Reum, fruto de uma barriga de aluguer. Phoenix Barron Hilton Reum foi o nome foi escolhido para o recém-nascido e, segundo o que a socialite deixou explícito no último episódio do seu podcast, "This is Paris", foi pensado há uma década. Quanto à justificação, Paris Hilton leu um excerto do novo livro, em que explica a razão da escolha.

"Se tudo correr bem, quando estiverem a ler isto, o Carter e eu já tivemos um menino", leu. "Planeámos chamá-lo de Phoenix, um nome que decidi há anos quando estava à procura de cidades, países e estados no mapa, enquanto decidia onde ir em Paris e em Londres”, continuou, acrescentando que também é uma alusão ao "pássaro que se apaga e ressurge das cinzas para voar novamente". "Quero que o meu filho cresça a saber que desastres e vitórias acontecem ao longo das nossas vidas e que isso deve dar-nos grandes esperanças para o futuro", rematou.

E, de facto, desastres não faltam na vida da socialite. É que esta quinta-feira, 23 de fevereiro, numa entrevista intimista à "Glamour", Paris Hilton fez algumas confissões sobre o seu passado conturbado, nomeadamente em relação à primeira vez que teve relações sexuais, quando morava com a avó materna em Palm Springs, no estado da Califórnia, Estados Unidos.

Nessa altura, Paris teria 15 anos e fazia viagens até Los Angeles para ir ter com os amigos ao centro comercial Westfield Century City "quase todos os fins de semana". Atualmente com 42 anos, Paris Hilton admitiu que tudo aconteceu porque conheceu um grupo de homens mais velhos nesse mesmo centro comercial.

"Os homens [mais velhos] estavam sempre a rondar as lojas. Falávamos com eles e até lhes demos os nossos números", começa por explicar. "Até que um dia eles convidaram-nos para irmos a casa deles e estávamos a beber vinho", continua, acrescentando que aquele que viria a ser o seu agressor estava a forçá-la a ingerir o que tinha no copo. "Eu não bebia sequer na altura, mas quando dei um ou dois tragos, comecei a sentir-me tonta imediatamente", continua, citada pela mesma publicação.

Apesar de não saber o que é que o agressor colocou na sua bebida, a socialite desconfia de que tenha sido Rohypnol [ou Flunitrazepam, em português], um medicamento que é geralmente utilizado neste género de situações. Isto porque é misturado com a bebida para disfarçar o seu gosto amargo e, em menos de 30 minutos, provoca sonolência, tornando a vítima bastante vulnerável.

De seguida, Paris Hilton afirmou que desmaiou e acordou algumas horas depois. Ainda que não se lembre de tudo ao pormenor, recorda-se do suficiente para saber que foi abusada sexualmente. "Eu tenho vislumbres dele em cima de mim, a tapar a minha boca", revela, afirmando que o homem lhe ia sussurrando ao ouvido que estava a sonhar, enquanto aquilo acontecia.

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Esta experiência aconteceu antes de ingressar na Provo Canyon School, no Utah, Estados Unidos, onde passou por vários programas que visavam alterar os comportamentos que os seus pais consideravam problemáticos – mas que, na verdade, eram extremamente abusivos, como a própria já havia revelado no seu documentário, "The Real Story of Paris Hilton", lançado em 2020. "Eu era apenas uma miúda. Sinto que roubaram a minha infância", disse à "Glamour".

A par disto, Paris Hilton também admitiu que fez um aborto aos 20 anos, mas que não se sentiu à vontade para falar sobre isso na altura. "Isso também não era algo de que eu quisesse falar porque havia muita vergonha à volta disso", disse. "Eu era uma criança e não estava preparada", continuou.

Apesar de a socialite ser conhecida principalmente pelo seu reality show dos anos 2000, "The Simple Life", onde eram documentadas as peripécias que levava a cabo com a sua amiga Nicole Richie, Paris Hilton admite não ser quem as pessoas pensam que é. "Eu não sou uma loira burra, simplesmente sou muito boa a fingir ser uma", frisa, acrescentando que "é forte e resiliente, corajosa, inteligente e divertida".