![José Condessa sobre 2ª temporada de](/assets/img/blank.png)
Já não é surpresa para ninguém o facto de a série portuguesa da Netflix ter sido renovada para duas temporadas. "Rabo de Peixe", que conta a história de um grupo de amigos que encontrou um carregamento de cocaína, tem data de regresso à plataforma de streaming marcada para 2025. No evento do lançamento das novidades da Netflix para este ano, na quarta-feira, 29 de janeiro, em Madrid, José Condessa falou sobre as duas novas temporadas.
"Na altura [em que se soube que iam existir mais temporadas], até se dizia que só havia quatro séries que tinham sido tão rápidas a fazê-lo. 'Stranger Things', 'The Crown', e outra que não me lembro. Portanto isso também diz muito da qualidade da série. Diz muito também dos números que nós fizemos", começou por dizer o ator de 27 anos. "Acho que não é arrogância dizer que é uma série mundialmente conhecida e que tem números como 80 e tal milhões de horas assistidas. No outro dia fiz a conta de quanto é que eram 86 milhões de horas assistidas, e são 100 e tal anos de vida", acrescentou, visivelmente admirado.
"É muito bom para mim saber, como ator, que foi um grande sucesso em muitos países. Em alguns deles até continua a crescer... No Brasil [a série] continuou a crescer até há muito pouco tempo", explicou o ator. Esse acaba por ser um fator interessante uma vez que, na segunda temporada, o Brasil vai estar representado em "Rabo de Peixe", com a presença de dois grandes atores no elenco: Paolla Oliveira e Caio Blat. "Está incrível. Os personagens deles são muito importantes", desvendou o ator português.
Sobre a segunda temporada, já se sabe que se vai passar três meses depois do final da primeira. Eduardo (José Condessa) regressa a Rabo de Peixe vindo dos EUA e encontra uma realidade completamente diferente. As drogas que escondeu já não estão nas mãos de Uncle Joe (Pepê Rapazote), e estão a ser controladas por um inimigo inesperado, o que desencadeia uma série de acontecimentos que irão testar os laços de amizade e lealdade do grupo. "Toda a gente diz que está melhor que a primeira (...). É uma sensação de dever cumprido", confessou José Condessa.
Este sentimento também se deve ao facto de, desta vez, a equipa ter tido mais tempo não só para escrever o guião (segundo o ator, foram sete meses a desenhar a história ideal) como para o gravar, uma vez que na primeira temporada houve um encurtamento de episódios. "Houve muitas coisas que foram cortadas, e eu sinto que faltava um bocadinho à história, faltava mais tempo para aquela emoção, faltava mais. Eu acho que agora é uma continuação mas com um ritmo, toda a gente diz que cresceu emocionalmente. Não é parada, não é nada disso. Cresceu emocionalmente, quando há silêncios, há silêncios, quando há choro, há choro", explicou.
No entanto, o ator confessou que existia uma grande responsabilidade que pairava sobre a equipa, uma vez que o sucesso da primeira temporada acabou por elevar a fasquia daquilo que se pretende para o futuro da série. "Não é falta de confiança, que isso eu nunca tive no nosso trabalho, mas é que depois de uma primeira temporada tão boa sabes que tens o poder da responsabilidade", disse. "Quando começámos a gravar a segunda temporada e as fazer as primeiras leituras, a primeira coisa que o Augusto disse é que era muito importante fazer alguma coisa nova. De não tentar pegar no sucesso e fazer igual".
E este trabalho foi feito a dobrar, uma vez que a equipa gravou não só a segunda como também a terceira temporada, ambas previstas para sair em 2025. José Condessa confessou que este constante movimento foi cansativo, até porque tinha acabado de gravar a novela da TVI "Cacau", mas que todos se entreajudaram para que corresse tudo bem. "Eles esperaram para eu estar pronto para filmar. Mas dividimos muito bem as histórias, ou seja, nós não misturámos as temporadas, até porque havia algumas mudanças de look", confessou. Mudanças de look que aconteceram efetivamente com José Condessa, que teve de rapar o cabelo de surpresa na segunda temporada para incorporar melhor a visão de Augusto Fraga, o diretor da série.
Além disso, outro momento surpreendente que vai acontecer e que já foi noticiado é o regresso de Rafael, a personagem de Rodrigo Tomás, que alegadamente morreu às mãos de Arruda (Albano Jerónimo). José Condessa acabou por explicar como foi pensado o regresso da personagem, e confessou também que tudo aconteceu depois de uma "feliz coincidência". "A personagem do Rodrigo morria. Passava para o episódio seguinte e íamos vê-lo morto dentro de água, já em decomposição. Mas o que é que acontece? Temos que cortar algo, e cortaram essa parte. Permite-se que ele ressuscite (...). Eu amo o Rodrigo, amo o ator que ele é, amo a pessoa que ele é. É o meu parceiro, e ainda bem que ele voltou, foi uma feliz coincidência".
O ator adianta que esta nova temporada vai ser "muito emocional". "É incrível. É muito emocional. É muito bonito. As personagens não perdem a sua essência. Na segunda temporada o grupo afasta-se, primeiro porque eu fui para a América no fim da primeira temporada, e afastam-se. E de repente isso dá as outras coisas, outras ligações, mas depois temos de voltar a unir-nos, e isso é tão bonito. Está muito bem feito", disse. "Podemos ver o lado poético que é que somos incríveis, que somos muito bons. Acho que temos mérito nisso, sem dúvida alguma", acrescentou.
A segunda e terceira temporada de "Rabo de Peixe", de acordo com as publicações da Netflix, estão marcadas para sair em 2025. No entanto, ainda não há qualquer data avançada. "A minha mãe pergunta-me todos os dias. Eu não sei, não sei. Não sabemos mesmo", disse José Condessa entre risos.