É atriz, figura pública, empresária e mãe. Ainda que nos tenhamos habituado a vê-la em programas como "Laguna Beach" ou "The Hills", entre 2004 e 2010, Kristin Cavallari mudou de vida. Trocou Los Angeles, nos Estados Unidos, pela vida no campo e embora se tenha aborrecido com a imagem que o programa "Laguna Beach" passou de si para o público, a verdade é que o bichinho dos reality shows nunca desapareceu.
Prova disso é o programa "Very Cavallari", que vai entrar agora na terceira temporada, e que mostra a forma com a empresária concilia a sua vida pessoal e profissional.
Numa entrevista exclusiva cedida à MAGG pelo Canal E!, Kristin Cavallari fala da terceira temporada, já em exibição, que diz ser a mais emotiva do programa — não só porque mostra a quebra de laços com uma amiga, mas também uma viagem emocionante que fez a Itália.
Mas ainda houve tempo para falar sobre cuidados de beleza, dietas, resoluções de ano novo e o facto de ter decidido, desde muito cedo, não expor os filhos no programa. "Uma coisa é quando eles têm idade suficiente para poderem tomar uma decisão dessas sozinhos, mas numa altura em que são tão novos, queremos que tenham uma vida o mais normal possível", explica.
O que é que se pode esperar da terceira temporada de "Very Cavallari"?
A nova temporada vai focar-se mais na minha vida pessoal. As duas últimas tiveram um bom equilíbrio entre a Uncommom James [a sua marca de moda e lifestyle], o drama associado a todo o trabalho que tenho tido e a minha vida pessoal. Mas nesta temporada, diria que cerca de 85% dos episódios são sobre a minha vida pessoal e o resto é dividido com a presença da minha marca. Mas trata-se de uma temporada muito emotiva por diversas razões.
A primeira metade é muito dura porque retrata um desentendimento que tive com uma amiga, enquanto que na segunda metade visito Itália — onde tive oportunidade de conhecer antepassados que nem sabia que existiam. Foi uma experiência incrível, mas muito emotiva.
A série afetou, de alguma forma, a sua relação com Jay Cutler?
Não afetou de forma nenhuma e isso é uma coisa muito positiva porque nenhum dos dois leva a série demasiado a sério. Sabemos que é um momento muito fugaz nas nossas vidas e que não vai ficar para sempre. E honestamente, não queremos sequer que fique para sempre. Tentamos, claro, desfrutar dele e sair do registo do programa sempre que podemos.
De qualquer das formas, o Jay não vê o programa. Quando te vês num programa, e fora da televisão, começas a interpretar uma personagem na vida real e nas tuas rotinas diárias. Mas isso não aconteceu connosco porque ele não vê e, por isso, não tenho de me preocupar com essa parte.
Com é que consegue gerir a sua vida profissional com a pessoal?
Tenho muita ajuda e nunca seria capaz de o fazer sozinha. Apoio-me muito no Jay, obviamente. Mas tenho uma equipa inteira na Uncommom James que tratou de tirar um grande peso de cima de mim. No último ano fiz questão de contratar algumas pessoas que me ajudaram muito mas, ao final do dia, são eles, a família e os amigos que me mantêm com coragem para seguir em frente e atingir os meus objetivos.
Porque decidiu não expor os seus filhos no programa?
Este foi um ponto fundamental e mesmo muito importante para mim e para o Jay. No fundo, só queremos que eles sejam crianças. Um tem 7, outro 5 e outro 4 anos. Uma coisa é quando eles têm idade suficiente para poderem tomar uma decisão dessas sozinhos, mas numa altura em que são tão novos, queremos que tenham uma vida o mais normal possível.
Que valores tem feito por ensinar aos seus filhos?
Para 2020, acho que aquilo em que vou apostar é ensinar-lhes a ter amor próprio. Quando te amas a ti próprio, isso preenche as tuas relações e a forma como te relacionas com as pessoas diariamente. Quero que os meus filhos sejam felizes, sejam confiantes e se amem. E isso vai torná-los boas pessoas que, por consequência, sabem tratar os outros como gostariam de ser tratados.
Quero muito que eles saibam que têm a liberdade para ir aonde quiserem e fazerem o que quiserem da vida. Acredito piamente que cada um cria o seu destino se te empenhares verdadeiramente nisso.
Qual o período de férias que mais gosta de passar em família?
O Natal. Ter filhos e poder passar o Natal com eles é das coisas mais mágicas do ano, porque é também a altura em que não tens de te preocupar tanto com o trabalho e podes simplesmente estar em casa e relaxar com a família. É a melhor altura do ano.
Olhando para trás, como se lembra dos momentos que passou nas séries "Laguna Beach" e "The Hills" e como é que ambos mudaram a sua vida?
Foram duas fases muito diferentes na minha vida. Mas o programa "Laguna Beach" foi mais difícil porque só tinha 17 anos e nenhum de nós sabia muito bem naquilo em que se estava a meter. Vi o programa e fiquei aborrecida com a forma como estava a ser retratada. Era muito jovem e não tinha ninguém com quem pudesse falar sobre isso e acabei por interiorizar o conflito.
Em contrapartida, "The Hills" foi muito divertido porque já sabia que ia entrar no programa e que tipo de papel é que a estação queria que eu desempenhasse. Olhei para aquilo estritamente como um trabalho e isso permitu-me separar a minha vida do programa. Foi divertido, sem dúvida.
Tem saudades de Los Angeles?
Estou aqui tantas vezes [a entrevista foi feita em Los Angeles, nos Estados Unidos] que isso serve para ter a minha dose. Deixa-me muito feliz o facto de poder estar aqui a cada dois meses, se não todos os meses. Mas cada vez mais acho que é muito bom ter este balanço entre Los Angeles e Nova Iorque. Depois regresso a Nashville e tenho uma vida muito normal, sossegada e em paz.
Qual é o segredo de beleza que ainda não partilhou com os seus fãs?
Uso muito uma máquina de estímulos elétricos para fazer lifting ao rosto. Olho para o rosto como um músculo que temos de trabalhar como trabalhamos qualquer outro músculo do nosso corpo. Mas também acho que não há problema que haja algumas rugas no rosto. Envelhecer graciosamente é bonito.
Segue algum tipo de dieta?
Tento comer comida verdadeira e leio os rótulos de todas as embalagens de comida que compro. Tento afastar-me de comidas muito processadas e repletas de químicos, privilegiando as opções orgânicas. Também não uso glúten na alimentação e não bebo leite de vaca.
Qual foi o melhor conselho que alguma vez lhe deram?
O meu pai deu-me muitos conselhos valiosos. Um deles foi aquele que eu quero transmitir aos meus filhos: que é possível fazermos o que quisermos desde que haja vontade e ambição. O meu sentido ético de trabalho vem do meu pai.
E resoluções para o ano novo?
Quero começar a meditar mais e introduzir isso na minha rotina diária, mesmo que seja só por uns minutos. Não precisa de ser nada de muito intensivo. Acordo todos os dias às cinco da manhã e durante esse período, e até começar a trabalhar, tenho muito tempo livre e sozinha. Estou a tentar incorporar nem que sejam cinco minutos de meditação.
Quão importante é poder dar a voz por uma coisa?
Muito importante. É realmente incrível que pessoas que estejam nesta posição sejam capazes de incidir alguma luz sobre acontecimentos importantes. Mesmo assim, tendo a ser muito cuidadosa porque acho que não preciso falar sobre muitas das coisas que estão a acontecer. Apenas porque acho que esse papel não me pertence. Mas fiz muitas coisas ao longo dos anos: fui ao Quénia, onde ajudei a reconstruir escolas. O Jay, tendo diabetes do tipo 1, fez muita coisa pelas crianças diabéticas.
Mas com a Uncommom James estamos à procura de uma parceria com organizações diferentes com o objetivo de dar brinquedos, roupas ou dinheiro a mães solteiras ou casadas que não tenham recursos.