Lizzo tem estado nas bocas do mundo — e, desta vez, por maus motivos. A cantora de 35 anos, que atuou no NOS Alive a 7 de julho, é alvo de acusações por parte de ex-funcionárias da equipa, que falam em assédio sexual, religioso e sexual, bullying e abuso de poder.
Esta quinta-feira, 3 de agosto, a cantora recorreu ao Instagram para reagir a tudo o que se tem passado, publicando um comunicado."Estes últimos dias têm sido angustiantes, difíceis e muito desapontantes. A minha ética laboral, as minhas morais e respeito têm sido questionados. O meu caráter tem sido criticado", começou por escrever.
"Normalmente, opto por não responder a alegações falsas, mas estas são tão inacreditáveis como parecem e demasiado ultrajantes para não serem mencionadas. Estas histórias sensacionalistas vêm dos mesmos ex-funcionários que já admitiram publicamente que foram avisados de que o comportamento deles em digressão era inapropriado e pouco profissional", continuou.
"Como artista, sempre fui muito apaixonada pelo que faço. Levo a minha música e as minhas performances a sério, porque, no final de contas, só quero proporcionar a melhor arte, que me represente a mim e aos meus fãs. Com a paixão vêm trabalho árduo e padrões elevados", acrescentou.
Lizzo prosseguiu: "Às vezes, tenho de tomar decisões difíceis, mas nunca é minha intenção fazer com que alguém se sinta desconfortável ou como se não fosse valorizado enquanto parte importante da equipa. Não estou aqui para ser percecionada como vítima, mas também sei que não sou a vilã que as pessoas e os media têm retratado nos últimos dias".
"Sou muito aberta com a minha sexualidade e como a expresso, mas não posso aceitar ou permitir que as pessoas usem essa abertura para fazer de mim algo que não sou. Não há nada que leve mais a sério do que o respeito que, como mulheres, merecemos no mundo", afirmou.
"Sei como é ser diminuída pelo corpo diariamente e nunca criticaria um funcionário ou o despediria devido ao seu peso. Estou magoada, mas não vou deixar que todo o bom trabalho que tenho feito no mundo seja ofuscado por isto. Quero agradecer a todos os que me contactaram para me apoiarem e reerguerem nesta altura difícil", concluiu.
Melissa Viviane Jefferson está a ser processada por três ex-dançarinas — Arianna Davis, Crystal Williams e Noelle Rodriguez —, que alegam que a cantora criou um ambiente de trabalho hostil e que foram forçadas a fazer coisas que não queriam. O processo deu entrada no tribunal de Los Angeles esta terça-feira, 1 de agosto.
Depois de as três ex-dançarinas se chegarem à frente, uma quarta veio apoiá-las, bem como uma realizadora que, originalmente, iria trabalhar com Lizzo na produção de um documentário. Sophia Nahil Allison passou algum tempo com Lizzo em 2019 para as gravações.
"Afastei-me depois de duas semanas. Fui muito desrespeitada por ela. Testemunhei o quão egocêntrica, arrogante e má ela é", contou, citada pelo "Daily Mail". Courtney Hollinquest, que também foi dançarina de Lizzo, mas que não faz parte deste processo, quis elogiar "as dançarinas que tiveram a coragem de trazer isto a público".
"Só alguns sabem pelo que passámos", reforça. Alegadamente, Lizzo terá forçado as ex-dançarinas a simularem atos sexuais com uma banana num clube de strip em Amesterdão, bem como de encorajar uma delas a tocar nas mamas de uma das mulheres que lá trabalhava.
Seria comum a cantora "convidar membros do elenco a tocarem, à vez, em dançarinos nus". O trio afirma também que Lizzo as levou a um bar em Paris sem avisar que se tratava de um cabaré com atuações de pessoas nuas. E as acusações das ex-dançarinas, que dizem que chegavam a ensaiar durante 12 horas seguidas, não ficam por aqui.
Contam que Lizzo terá ordenado à segurança para que confiscasse os telemóveis das dançarinas (que depois despediu) e que comentava o peso delas de forma negativa. "Em privado, ela fá-las sentirem-se mal pelo peso e diminui-as de uma forma não só ilegal como imoral", diz a advogada que representa o trio, Ron Zambrano, citada pelo "Daily Mail".