Naomi Campbell, uma das maiores supermodelos de que há memória, foi proibida de ser administradora de instituições de solidariedade em Inglaterra e no País de Gales durante cinco anos, uma vez que aquela que fundou há quase duas décadas foi considerada "mal governada" e com "gestão financeira inadequada", de acordo com a investigação do regulador britânico, Charity Comission.

De acordo com o inquérito levado a cabo pela comissão, citado pelo "The Guardian", a Fashion For Relief transferia apenas uma fração dos milhões que foi arrecadando ao longo dos vários eventos de moda para causas solidárias. Enquanto isso, a supermodelo está a ser acusada de ter ido gastando o dinheiro noutras coisas.

Entre os gastos apontados pela auditoria estão estadias em hotéis luxuosos e respetivo serviço de quartos, tratamentos de spa, como banhos termais, segurança, cigarros e outros produtos. Há ainda um bilhete de avião de 12.300 libras (14.743€) de Londres para a cidade francesa de Nice para enviar obras de arte e joias a um evento beneficente em Cannes em 2018.

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De acordo com um comunicado disponível no site do governo do Reino Unido, "a investigação descobriu que entre abril de 2016 e julho de 2022, apenas 8,5% das despesas da instituição de caridade foram gastas em subvenções de beneficência". A Fashion for Relief foi dissolvida em março de 2024.

Entretanto, a supermodelo já se pronunciou em relação ao resultado da investigação. "Descobri hoje os resultados [da investigação] e estou extremamente preocupada", começou por dizer, frisando que, da sua parte, também já está a investigar. "Não era eu que estava aos comandos da minha instituição, eu pus o controlo nas mãos de um advogado. Por isso, estamos a investigar para perceber o que aconteceu e como", rematou, citada pelo "Mirror".