Longe vão os tempos em que príncipes e princesas eram obrigados a casarem-se com outros membros de casas reais. Embora as uniões entre homens e mulheres de sangue azul com plebeus tenham acontecido ao longo dos séculos, eram raras e só se tornaram comuns no século XX.
Em Espanha, país do qual a princesa Leonor será rainha, o primeiro enlace entre uma cabeça coroada e um plebeu aconteceu no século XIX. Depois de ter ficado viúva do rei Fernando VII, a rainha Maria Cristina das Duas Sicílias casou-se com o seu guarda-costas, Agustín Fernando Muñoz y Sánchez.
Os tempos são outros e a perspetiva do casamento ainda está bem longe dos horizontes da filha mais velha do rei Felipe VI e da rainha Letizia. Leonor ainda tem de fazer formação militar na marinha e na força aérea, seguindo depois para a faculdade, onde completará a sua formação académica. Apesar dos seus recém-completados 18 anos, Leonor protagonizou no dia do seu aniversário um dos momentos mais importantes na vida de um futuro monarca, o juramento da Constituição, perante os deputados espanhóis e todo o país.
Só o futuro dirá se Leonor casará ou não (poderá seguir as pisadas de Isabel I de Inglaterra, denominada a Rainha Virgem, uma das mais importantes monarcas da história daquele país), se o fará com um homem, uma mulher, um plebeu ou um príncipe.
Mas caso o destino a faça cruzar com um membro de uma família real europeia (reinante ou não), existem vários potenciais candidatos dentro da sua faixa etária, desde o discreto príncipe Beltran da Bulgária, de 24 anos, até ao socialite e influencer Achileas da Grécia, de 23, filho de Paulo e Maria Chantal da Grécia e irmão mais novo de Olympia, conhecida it girl e presença assídua em todas as semanas da moda.
No entanto, um romance com um dos hipotéticos candidatos poderia revelar-se uma dor de cabeça e também um potencial conflito diplomático. Christian da Dinamarca, que também completou 18 anos recentemente, também é herdeiro ao trono. Um casamento entre os dois jovens significaria que um deles teria de abdicar, uma vez que uma união tornaria impossível (ou logisticamente muito difícil, além de uma dor de cabeça em termos de títulos) que ambos exercessem a regência de igual forma.