António Pedro, de 26 anos, foi o primeiro concorrente expulso da cozinha de Ljubomir Stanisic no "Hell's Kitchen" do último domingo, 11 de abril. Em entrevista à MAGG, o cozinheiro faz o balanço da passagem pelo formato da SIC, dá a sua opinião sobre o rosto do formato e revela pormenores sobre o novo projeto Hell's Table.
Conversámos com o ex-concorrente já a horas tardias, depois dos seus muitos afazeres. É que António Pedro prepara-se para abrir um restaurante de "apenas uma mesa" com os colegas Lucas e Diogo, que conheceu na cozinha infernal do programa da estação de Paço de Arcos.
"Vamos ter um menu entre dez a 12 pratos com um estilo que junta várias experiências dos três", começa por dizer António à MAGG, referindo que as reservas devem ser feitas através da página de Instagram do projeto, que vai levar o melhor da gastronomia aos habitantes de Vila Verde, Braga.
Mas como é que tudo funciona? Os interessados em experimentar alguns dos pratos nórdicos de António ou carnes maturadas produzidas por Lucas, devem entrar em contacto através das redes sociais do Hell's Table. De seguida, os responsáveis pelo projeto vão fazer algumas questões sobre restrições alimentares para que a experiência se possa adequar a cada um.
O novo restaurante dos três amigos arranca no próximo mês de maio, mas o menu permanece ainda em segredo. Ainda assim, se quiser fazer já a sua reserva, avisamos que o mês de maio já está preenchido e boa parte do mês de junho também.
"Havia pelo menos dez pessoas para saírem antes de mim"
Apesar de considerar a sua passagem pelo "Hell's Kitchen" positiva, na qual pôde cruzar-se com concorrentes de várias idades e com "filosofias" diferentes sobre a cozinha, António Pedro não concorda com a sua expulsão: "Havia pelo menos dez pessoas para saírem antes de mim".
"Não concordei com o facto de o chef Ljubomir dizer que não provei a comida. Há uma diferença entre provar e comer. Eu não como carne na minha vida pessoal, mas cozinho e provo. O chef nem me deixava falar, ele cortava-me o pio quando me tentava justificar", afirma o ex-concorrente, referindo-se ao momento em que o chef criticou o seu prato.
Questionado sobre os momentos de maior tensão na cozinha infernal do formato, o cozinheiro confessa que é natural haver alguns "desaguisados" durante as provas. Ainda assim, garante que tentou dar-se bem com todos os concorrentes e que acabou por criar maior ligação com Hélder, Lucas, Diogo e Rafael.
Ao longo do programa, podemos ver o chef Ljubomir exaltar-se com alguns participantes devido a mau serviço ou atitudes que não são aceites em cozinha. Mas para António Pedro, tudo isso é normal. "O chef é uma pessoa determinada, que já passou por bastante. Se não fosse um grande cozinheiro, não teria chegado onde chegou", diz o cozinheiro, apesar de não considerar Ljubomir uma das suas referências.
António é natural de Ermesinde e viveu durante sete anos na Noruega, para onde emigrou aos 18 anos. Já trabalhou como cozinheiro num restaurante com três estrelas Michelin e esteve ainda na cozinha da Ópera Nacional da Noruega. Começou a trabalhar na restauração aos 15 anos, de forma voluntária, para aprender tudo. No último ano, regressou a Portugal para passar mais tempo com os amigos e a família, bem como inscrever-se no programa da SIC.