O famoso "leite gordo" vai deixar, gradualmente, de existir nos supermercados, sendo substituído pelo "leite inteiro". O que explica esta nova designação, já adotada por marcas como a Mimosa, a Agros e a Gresso?
O povo está confuso: não entende a necessidade de mudança, já que, em equipa que ganha, não se mexe. Temem que os mais velhos não compreendam a substituição e tenham dificuldades em assimilá-la. Apontam o dedo ao politicamente correto.
Apesar de o tema estar a voltar ao centro da discussão pública, não é a primeira vez que viraliza. Aliás, as primeiras caixas de "leite inteiro" começaram a aparecer nas prateleiras dos supermercados em 2017, assim como lembra o "Observador". E só em Portugal é que ainda não se utilizava este termo.
Esta alteração é justificada por fazer mais sentido e ser mais esclarecedora quanto ao que contém este tipo de leite, que, apesar de ter a a mesma riqueza nutricional do meio gordo e do magro, traz toda a gordura que vem da vaca.
Vista pelos profissionais da área como a denominação correta, já foi adotada pela maioria das marcas de leite. E, apesar de ter mudado de nome, "o conteúdo é exatamente o mesmo", conforme garantiu a diretora-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL), Maria Cândida Marramaque, ao "Observador".
O leite gordo, o menos consumido dos três tipos de leite, é aquele que não teve a sua gordura (ou nata), reduzida ou retirada durante o processo de industrialização. Com estas diretrizes, gordo passa a ser inteiro, magro a desnatado e meio-gordo a parcialmente desnatado.