A Mon Sucré é a nova pâtisserie que quer dominar o mercado de bolos de casamento em Portugal. Sediada em Abrantes, distingue-se pelo cuidado tido em cada uma das criações. Na Mon Sucré nunca existem dois bolos iguais, já que são todos exclusivos.

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Falámos com Gabriela Pinto, a fundadora e chef esta pâtisserie, para ficarmos a conhecer melhor a oferta desta confeitaria com inspiração francesa. Apesar de o ateliê ser em Abrantes, a Mon Sucré possui um serviço de entrega próprio com o qual cobrem todo o País.

Os bolos são feitos mediante encomenda e podem ser para qualquer tipo de eventos, desde batizados a aniversários e inaugurações de loja, com um mínimo de 15 fatias e um máximo de 200. "O foco são principalmente os de casamento, porque são os mais procurados pelo nosso estilo de design", explicou-nos a responsável.

Bolos únicos, exclusivos e feitos a partir de cozinha molecular (e não só)

Quanto a ingredientes, vão desde limão a mirtilos, lima, frutos vermelhos, doce de leite, amêndoas, morangos, tiramisù,  pistachio, chocolate e red velvet. O menu, formulado com receitas próprias, é fechado e muda a cada semestre. "Se o cliente quiser um sabor específico, criamos um sabor para esse cliente", assegura a chef.

"Cada bolo tem de ter um equilíbrio de doçura e de acidez, texturas diferentes", argumenta. Além de usar pasta de açúcar e butter cream, Gabriela Pinto opta por decorações 100% comestíveis. "Trabalho muito com a parte de cozinha molecular, materiais que não são usados normalmente", acrescenta.

Para criar as texturas, inspira-se na natureza. O preço dos bolos varia consoante a decoração e o tempo que tomam. "Tenho bolos que demoram 16 horas a ser decorados", revela. O valor mínimo é de 58€ e a encomenda pode ser feita por e-mail, chamada telefónica ou atendimento presencial.

"Os nossos bolos não são aqueles com cobertura pesada. A cobertura tem de ser tão boa quanto o bolo", acredita a chef da Mon Sucré. Como são "muito exclusivos", "personalizados" e desenhados ao pormenor, não são o "tipo de produto que possa ter para venda no dia a dia", o que explica o ateliê funcionar de porta fechada.

Uma exposição de obras de arte comestíveis

A ideia de Gabriela Pinto "nunca foi ter uma loja aberta, de venda ao público, e sim trabalhar apenas com encomendas". A cozinha onde confeciona pode ser vista a partir da rua, graças ao vidro. Quem passa "consegue ver a produção total". O objetivo era ter "uma cozinha realmente transparente" e que "todos pudessem ver o cuidado com que cada bolo é feito".

Pretendem que este cuidado seja percetível "do início ao fim", desde a aparência ao cortar do bolo. Distinguem-se por essa cautela, mas também pelas camadas perfeitas e pelo "sabor diferenciado". A inauguração do espaço e do projeto aconteceu no dia 25 de outubro, em formato de exposição.

Mon Sucré
Mon Sucré A exposição das criações da Mon Sucré pode ser visitada até 11 de novembro. créditos: DR

"Para mim, os bolos não são só comestíveis; têm de ser uma obra de arte. Já que são obras de arte, porque não expô-los na forma de uma galeria de arte?", pensou a fundadora da Mon Sucré, que procura sempre "chegar um bocadinho mais próximo da perfeição". Esta exposição com algumas das criações pode ser visitada até dia 11 de novembro, entre as 14 horas e as 19 horas.

Está planeada uma outra exposição de bolos para mostrar a nova coleção que Gabriela Pinto pretende lançar, de texturas, "para mostrar alguns materiais diferentes para bolos". O local e a data ainda estão por definir, embora já se saiba que não será em Abrantes.

Confeitaria, uma cozinha "mais métodica e detalhista"

A história da Mon Sucré começou em São Paulo, de onde Gabriela Pinto é natural. "Por segurança", decidiu fechar as portas à confeitaria que tinha no Brasil para vir morar para Portugal há cinco anos. Viveu em Leiria, mas mudou-se para Abrantes há três. "Sempre tive muita vontade de morar em Portugal. Planeava mudar-me há muitos anos. E não pretendia voltar", garante.

No Brasil, a chef de 43 anos tinha a loja aberta, mas também se dedicava mais aos bolos de casamento. Depois de "cerca de três anos" no processo para a mudança, veio para Portugal com parte da família. Alguns familiares de Gabriela estão na Madeira e os bisavós desta chef até eram portugueses.

Mon Sucré
Mon Sucré Gabriela Pinto é a chef e a fundadora da Mon Sucré. créditos: Instagram

A vida de Gabriela estava longe de ser dedicada à cozinha. A brasileira trabalhou mais de uma década em comunicação social, área na qual de formou, tendo uma pós-graduação em marketing. Como tinha "horários muito intensos", sentia que "precisava de fazer algo para realmente acalmar, relaxar". "E eu gostava de cozinhar coisas diferentes, nada da comida do dia a dia", contou à MAGG.

O passatempo acabou por se transformar em algo mais e Gabriela abandonou a agência de comunicação para a qual trabalhava. De seguida, ingressou numa faculdade de gastronomia no Brasil, tendo optado por depois se especializar em cake design e confeitaria francesa.

"Foi um pouco tarde. A maioria das pessoas que começam na cozinha já gostam desde cedo, mas não foi o meu caso. Trabalhei em restaurantes, mas vi que o que eu gostava realmente era confeitaria, por ser mais métodica e detalhista", explicou à MAGG a responsável da Mon Sucré.

Patisserie Mon Sucré

Localização: Edifício Me Two, Rua da Indústria, nº159, 2200-153, Abrantes
Contactos: (+351) 912 194 942 / correio@monsucre.pt
Horário: de segunda-feira a sábado das 9h às 18h