No The Monarch, Zé Robertson é o rei do bar. Juntamente com o mestre de cerimónias, Daniel Zamith, é ele que faz de uma visita a este novo bar lisboeta uma experiência não só inesquecível, mas para repetir.
"Somos parceiros no crime. Aquilo que queremos dar às pessoas é o que fazemos de melhor. A prioridade é tratar as pessoas, e depois as bebidas serem a cereja no topo do bolo. O objetivo é estabelecermos relações com as pessoas, passarmos aqui um bom momento. Criámos um bar para gente. Não queremos condicioná-las, queremos que as pessoas sejam livres", conta-nos o barman de 37 anos.
Em fase de soft opening há seis meses, o The Monarch nasce das cabeças dos empresários Francisco Machado Silva e Diogo Pereira Coutinho, que beberam inspiração das suas viagens a Londres, onde a cultura dos cocktails é rainha e senhora. Amigos de José Maria Robertson, a proposta surgiu quase de forma orgânica e foi preciso pouco para convencer o barman a entrar nesta aventura.
Licenciado em Marketing, José Maria Robertson, trabalhou durante 12 anos num dos mais conceituados bares de Lisboa, o CINCO Lounge. "Fui à procura de um trabalho de verão para poder ir de férias. Acabei por nunca ir de férias naquele verão e fiquei 12 anos naquele trabalho", conta o barman, que ganhou a competição World Class em 2015 e o título de Melhor Bartender Português no Lisbon Bar Show.
Durante a pandemia, José regressou ao Porto, a sua terra natal, onde trabalhou no The Royal Cocktail Club, o seu bar favorito na cidade. O desafio de regressar a Lisboa e estar à frente de um bar veio de um dos seus amigos de infância, o empresário Francisco Machado Silva. Formaram sociedade em conjunto com Diogo Pereira Coutinho e assim nasceu The Monarch, "uma monarquia democrática". A equipa é também formada por Daniel Zamith, que esteve uma década a entreter os convivas de Ljubomir Stanisic como head bartender do 100 Maneiras, e por Yasmin Ramos.
A decoração clássica do espaço não faz antever as surpresas da carta de cocktails. "A ideia é dar um toque diferente, mais glamouroso. Vamos tentar descontruir o conceito na luxúria e exuberância da monarquia, uma fusão do antigo com o novo", explica Zé Robertson. A ambição é ser "um dos bons bares de cocktails" de Lisboa.
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Da carta constam 10 cocktails de autor, com preços compreendidos entre os 12€ e os 14€. "É uma viagem. Nós vamos buscar influências a vários pontos do mundo, asiáticas, americanas... não nos fechamos a nada", explica o barman, cujo cocktail favorito é o Peaches on the Moon. "Mas tenho um carinho especial por todos", afiança.
No entanto, José Maria Robertson garante que, havendo os meios e os ingredientes, fazem qualquer cocktail clássico. "Se as pessoas quiserem cá vir beber cerveja, não temos problema nenhum. Os cocktails são o que mais gostamos de fazer mas, ao fim do dia, o que queremos é tratar bem as pessoas", acrescenta o barman.
A MAGG teve a oportunidade de experimentar os cocktails Peaches on the Moon, Romeo and Juliet e Holly Wood e elegeu este último como favorito. A mistura com notas tropicais do sudeste asiático, de rum Havana 7 anos, cordial de pandan e soda de folha de figueira, fumados com pau santo proporciona uma experiência... como podemos colocar isto sem parecer mal... bom, uma experiência orgásmica. Só experimentando mesmo.
