Até doía ver aquele edifício fechado. Mas, em 2019, tudo mudou. O Praia no Parque veio dar vida ao edifício projetado em meados dos anos 50 e, um ano depois da grande abertura, lança novidades.
O balcão onde os clientes ficavam simplesmente a beber um cocktail enquanto esperavam por mesa, transformou-se agora numa barra onde são servidos almoços especiais.
A coordenar todo esta nova forma de servir está Lucas Azevedo, o sushiman responsável por projetos pop-up como Izakaya Tokkuri, com Vitor Adão, e depois sozinho no Harmonia by Sake Mico.
Agora, com uma cozinha também ela de proximidade, o chef desenhou uma carta dividida em três temas: verdes e saladas; tapas; e sushi. No primeiro eixo, onde as saladas têm todo o protagonismo, pode já esquecer as básicas alfaces ou os tomates sem grande sabor. Repare nos nomes dos pratos: Texturas de Alfaces, Flores, Telha de Parmesão e Vinagrete Francesa (14€); a Salada de Caranguejo Real, Romã e Dressing de Trufa (27€) e ainda a Burrata, Carpaccio de Tomate e Pesto (18€).
Ainda na ideia de partilha, surgem as tapas, numa junção perfeita de multiculturalidade. Ora repare. Há guacamole (10€), croquetes de bochecha de porco (12€), jamón ibérico Bellota Maldonado (22€) e tacos de camarão, manga, tomate e maionese de chipotle (12€).
E finalmente chegamos ao sushi, que foi isso que nos trouxe aqui. É tudo feito no momento e com Lucas à nossa frente. A carta abre com Ostras servidas com Momiji Oroshi (daikon, malagueta, cebolinho e molho ponzu), segue-se o Usuzukuri com molho Ponzu e logo a seguir o Carpaccio com Molho Ubemoshi, no qual o peixe é cortado em finas fatias e o molho é feito a partir de Ume – ameixa japonesa – com sabor ácido, salgado e doce. E porque na cultura japonesa o desperdício zero sempre foi uma constante, o caroço desta ameixa é usado no molho dos nigiris de peixe branco.
Os pormenores aqui é que fazem a diferença. O wasabi é servido fresco e ralado na hora e, para marcar o peixe dos nigiris e aquecer as algas dos temakis de forma a que fiquem crocantes, utiliza-se o famoso binchotan (carvão japonês), uma técnica cada vez mais em desuso.
Há ainda niguiris, temakis e hosomakis, é uma questão de sentar num dos 12 lugares ao balcão e deixar-se guiar m+pela mestria de Lucas Azevedo, que conta com a ajuda de Celso Szczerba.
A barra abre para almoços às 12h30 de terça a sábado e mantém-se disponível durante a tarde.