O Summer Market Stylista está de volta e, apesar de vivermos uma pandemia, centenas de pessoas deslocaram-se até ao Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais, para fazer compras (e algumas só para passear).
O mercado criado por Maria Guedes, que é sempre um dos pontos altos do início do verão e do inverno, acabou por acontecer, para surpresa de muitos, um pouco mais tarde do que o habitual, mas com as mesmas marcas de sempre. As de sempre e outras novas.
O risco era grande, o que fez com que outros mercados acontecessem apenas de forma digital, mas a blogger e influenciadora digital decidiu arriscar. A MAGG esteve no Summer Market Stylista neste primeiro dia para perceber como é ir a um mercado em tempos de COVID.
Assim que entrei no parque de estacionamento, que logo às 10 horas, hora de abertura, já estava completo, deparei-me com uma fila que dava a volta ao parque e que tinha tranquilamente umas 300 pessoas. 300 pessoas de máscara — que é obrigatória — e com alguma distância entre elas.
À entrada, um segurança para medir a temperatura, outro que ia controlando o distanciamento na fila e dispensadores de álcool gel em vários pontos do recinto. Um recinto com mais de 8 mil metros quadrados, o que faz com que, por muito que esteja cheio, nunca se tenha essa sensação e se possa estar longe das outras pessoas.
Ao longo do recinto, estão setas para criar um caminho e fazer com que a circulação seja mais organizada, no entanto, nem todas as pessoas estão a respeitar. Mais uma vez, com a dimensão do espaço, esse desrespeito da ordem de circulação acabou por não se sentir.
As zonas de esplanadas e sombras que tinham sido criadas para o evento, acabaram por ser retiradas por questões de segurança, como tal, não há nenhum espaço onde as pessoas se concentrem todas juntas para comer ou apenas descansar. Mais uma medida que evita um aglomerado.
Nunca me senti demasiado próxima de outras pessoas, exceto em algumas marcas maiores, que estavam mais cheias. Não tão cheias como nas edições anteriores, mas, em alguns casos, com menos distanciamento social do que devia haver. Isto levou a que algumas marcas pedissem às pessoas para que se afastassem e formassem fila, em vez de estarem em cima umas das outras.
Segundo as regras impostas pela DGS, nenhuma marca pode deixar não só que os clientes experimentem a roupa, mas também que toquem na roupa. Realmente ninguém experimentou nada, mas tocar, toda a gente tocou. O que as marcas pediam era que, pelo menos, desinfetassem as mãos antes de fazê-lo. "É muito difícil de controlar", comentou a responsável de um dos stands. Algumas marcas têm ainda desinfetante para roupa, que vão usando várias vezes ao longo do dia.
Visto não se poder experimentar a roupa, as marcas estão a dar aos clientes a oportunidade de poderem trocar ou devolver posteriormente através de contactos de e-mail, redes sociais ou lojas online. Só desta forma conseguem que as pessoas não considerem tão arriscado fazer a compra, sem saberem se serve ou fica bem.
Sapatos, jóias e outros acessórios como malas, chapéus ou bandoletes podem ser experimentadas, ainda que com a recomendação do uso de álcool gel antes.
Em relação ao pagamento, as marcas dão preferência ao uso do MBWay, para evitar qualquer contacto físico, no entanto, também se pode pagar com Multibanco ou dinheiro. Pagar com dinheiro podia ter sido proibido, pois sempre era mais uma precaução.
A escolha deste espaço fez todo o sentido para conseguir um mercado maior, mais arejado e com maior distanciamento entre as pessoas. Soube bem voltar a este passeio ao ar livre, com as marcas de que tanto gostamos e a poder fazer compras sem ser com um computador à frente. E a verdade é que me senti sempre segura.
O mercado acontece esta sexta-feira até às 19 horas e sábado, 27 de junho, entre as 10 e as 19 horas, por isso, se é fã do Summer Market Stylista ou de algumas marcas que lá estão estes dois dias, não precisa deixar de ir. A organização deste evento está a cumprir todas as regras, quem por vezes falha, são os visitantes.