Quantas vezes é que disse "isto dava um filme" enquanto assistia, em tempo real, ao salvamento de uma equipa de futebol presa numa gruta da Tailândia? Pois bem, já é oficial: vai mesmo dar um filme.
Sabe-se agora que ainda as operações de resgate não estavam concluídas quando, no terreno, já se encontrava uma produtora de Hollywood a recolher depoimentos de testemunhas de maneira a dar credibilidade à história que querem contar.
Segundo o jornal "The Hollywood Reporter", Michael Scott, CEO e co-fundador da Pure Flix, uma produtora independente norte-americana de filmes cristãos, será o responsável pela realização deste novo filme. Em entrevista à mesma publicação, o empresário diz que "a bravura e o heroísmo demonstrados por todos os envolvidos é inspiradora e que, por isso, faz todo o sentido que seja um filme da Pure Flix."
Ainda assim, garante que isto não significa que a adaptação seja um filme religioso. Mas não esconde a vontade de retratar o exemplo motivador de todos os mergulhadores que conseguiram concluir com sucesso todas as operações de resgate.
A mesma publicação revela ainda que Michael Scott já falou com os 90 mergulhadores que fizeram parte da operação, bem como algumas das famílias dos miúdos presos na gruta. O guião, esse estará a cargo de um conjunto de argumentistas contratados pela produtora para a nova adaptação — que deverá custar entre 25 a 51 milhões de euros a ser feita.
Mas há dificuldades que a equipa do empresário norte-americano terá de contornar. É que a produtora tem de assegurar os direitos da história junto de cada uma das famílias dos jovens, de todos os envolvidos na missão de salvamento e ainda do treinador. Isto, claro, se quiser garantir que tem todos os pormenores reais de uma operação que durou semanas até estar concluída.
A ser feito, este novo filme será muito semelhante a "Os 33", que conta com António Banderas no papel principal, onde está retratado o regate de 33 mineiros chilenos que estiveram presos durante 69 dias numa mina.