Lee Seung-hyun e Jung Joon-young, duas estrelas do universo K-pop, anunciaram que vão deixar as suas carreiras em suspenso, com efeito imediato, após uma investigação policial que envolve um escândalo sexual associado à popular discoteca Burning Sun, em Seul, na capital da Coreia do Sul.
A investigação do esquema sexual começou no mês de janeiro, quando surgiram suspeitas de que membros do clube drogavam pessoas e forneciam-nas a clientes para serem abusadas sexualmente. A investigação foi evoluindo até que as autoridades tivessem acesso a conversas online de grupo entre vários indivíduos envolvidos no negócio. Foi aí que o nome dos artistas surgiu pela primeira vez. No fim de semana, a policia invadiu o clube e confrontou os acusados.
Lee, o membro mais jovem da boy band Big Bang, anunciou esta segunda-feira, 11 de março, que deixou o grupo musical e que suspendeu a carreira musical, depois de ser acusado de chefiar a rede de prostituição a funcionar na discoteca. Numa publicação na rede social Instagram, declarou que o afastamento da indústria musical seria a melhor solução no momento.
“Decidi aposentar-me da indústria do entretenimento, já que os problemas, com os quais causei distúrbio social, são muito grandes.”, explica. Segundo a "Vulture", o cantor de 28 anos era membro do conselho e supervisionava o âmbito publicitário do negócio. Poderá ser punido até três anos de prisão.
Jung Joon-young, que também participava nas conversas online, foi acusado de violência sexual e divulgação não-consensual de imagens íntimas de mulheres. Na quarta-feira, 13, confessouter filmado várias mulheres sem o seu consentimento e compartilhado os vídeos nos chats, em que participava com os restantes acusados.
Citado pela "Vulture", Jung pede desculpa às envolvidas nas filmagens e diz que aceitará “ser punido” pelos seus atos. Em 2016, Joon-young já tinha estado no centro de uma polémica semelhante, depois de a ex-namorada o ter acusado de filmar momentos íntimos sem o seu consentimento. Agora, poderá ser condenado até cinco anos de prisão.
Os dois músicos e os restantes suspeitos estão proibidos de deixar a Coreia do Sul.