Nic Bescoby é uma inglesa que vive em casa com os três filhos, com idades entre os 11 e os 4 anos. Há três anos, causou imensa polémica no Reino Unido quando decidiu adotar uma educação de alimentação livre, deixando ao critério dos filhos aquilo que eles querem comer, às horas a que querem comer. Não há almoços, jantares, nada, cada um come o que quer, quando quer.
Agora, Nic Bescoby voltou, desta vez para acrescentar mais uma camada de liberdade à vida dos filhos. Esta aspirante a escritora, que alimenta um blogue e as suas redes sociais, e vive disso, diz agora que retirou as obrigações das horas de deitar aos filhos, porque não acreditar nesse modelo de educação. Para Nic, é fundamental que se retire mais controlo e força na relação entre pais e filhos e que se dê mais liberdade e autonomia às crianças para elas gerirem os seus próprios ciclos.
Um detalhe importante na história: os filhos de Nic não vão à escola e estudam em casa, submetendo-se apenas a testes de aproveitamento. Mas vamos lá à teoria do sono.
Então, diz esta mãe, que se considera "uma coruja da noite", que não acredita "em horas de deitar". "Se eles quiserem, podem deitar-se às 21 horas e acordar à 1 hora da manhã". Eles é que decidem. Isto porque "é preciso eliminar o controlo e a força de dentro dos seios das famílias", defende. Nic garante que não julga os pais que impõem disciplinas rígidas no que toca às horas de deitar e de comer, mas, garante, esta "abordagem descontraída" é a que funciona melhor na sua família. "Conheço muitas famílias que prosperam melhor com mais estrutura. Simplesmente não é esse o meu caso. Os meus filhos vão para a cama tarde. Acordam tarde. E não faz mal", contou a mulher no site KidSpot.
Os dias das crianças são passados em família "a ler, desenhar, brincar ou a ver filmes". "Há muito tempo que percebo que as crianças são frequentemente muito mais capazes do que aquilo que lhes damos crédito e podem ser muito boas a reconhecer o que precisam", defende a mãe, que deixa as crianças decidir como querem passar o tempo. Na hora de dormir, há apenas uma regra: quando surgem sinais de sono, têm de apagar tudo o que são ecrãs. "Descobri que as crianças não se conseguiam concentrar nos sinais do corpo de que estavam a sentir sono quando estavam coladas à televisão, ao computador ou ao tablet". E por isso "as crianças desligam os ecrãs quando estão cansadas e jogam e lêem até estarem devidamente preparadas para adormecer".
De acordo com esta mãe, os seus filhos "floresceram" com este novo modelo educativo. Nic diz que adora a "liberdade" e a "autonomia" da sua família.