Todo o cuidado é pouco na altura de comprar uma cadeira de bebé para o automóvel — em caso de acidente, a decisão certa ou errada no momento da compra ser determinante para a segurança da criança. Mas no meio de tanta oferta, como saber qual é a escolha mais adequada? O que é que devemos considerar mais importante?
Mais questões: como deve ser feito o transporte das crianças? Eles podem estar viradas para o condutor ou devem ir de costas? E o ovinho, deve ser utilizado até quando? A MAGG falou com Thierry Martins, CEO da loja "Sítio do Bebé", que responde a estas e outras questões.
1. Testar a cadeira
Idealmente, é importante testar primeiro a cadeira antes de a comprar. Este teste deve ser feito com o bebé/criança e no automóvel (ou nos automóveis) onde a cadeira irá ser instalada, pois nem sempre aquela que idealizámos ou nos sugeriram se adequa ao nosso carro — devido à inclinação dos bancos ou da facilidade em colocar a criança na cadeira, por exemplo.
2. O ovinho deve ser utilizado até o mais tarde possível
Esta é a primeira cadeira auto e a mais indicada para recém-nascidos. Deve ser usado até o mais tarde possível, no entanto, de acordo com o crescimento da criança deverá ser feita uma análise ao seu conforto com a ajuda especializada de alguém da loja onde pretende fazer a compra. Um bebé com 5 meses com um percentil mais elevado poderá já não caber no ovo e ter necessidade de passar para uma cadeira do grupo 0+/1, por exemplo.
3. Transportar a criança sempre em contra-marcha
O transporte da criança de costas para o pai deve ser feito até o mais tarde possível, idealmente até aos 4 anos. Em caso de acidente, por exemplo, uma cadeira instalada de costas para a estrada oferece melhor proteção. Mas como cada caso é um caso, é preciso também avaliar o bem-estar dos mais pequeninos nas viagens.
4. Verificar se o carro tem sistema isofix
O isofix permite instalar a cadeira de automóvel da forma mais segura, rápida e fácil, sem recurso aos cintos de segurança do carro. Para verificar se o carro tem este sistema, é só ver nas instruções — ou então colocar as mãos entre o encosto e o assento dos bancos.
5. I-size
Esta nova norma europeia chamada i-size integra o regulamento R129, que entrou em vigor em julho de 2013. Basicamente, cataloga as diferentes cadeiras para automóveis por tamanho e altura, e não por peso. É uma norma mais exigente, por exemplo, no que toca a impactos laterais.
6. Em caso de acidente
Thierry Martins recomenda que se deixe de usar a cadeira envolvida no acidente, e que se contacte, para o efeito, a seguradora. Há marcas que oferecem garantia vitalícia e que, em caso de acidente, trocam a cadeira. E quando falamos de acidente, não estamos apenas a pensar em acidentes graves. Há fabricantes que recomendam mesmo que se descartem por completo cadeiras que sofreram impactos a uma velocidade superior a 10 km/h.
7. Cadeiras em segunda mão
É importante ter atenção a estas cadeiras, emprestadas por algum familiar ou amigo, especialmente quando não conhecemos o historial de uso. Aqui há que alertar para o seguinte: as normas atualizam-se constantemente e os produtos evoluem, incorporando novas tecnologias para oferecer a máxima segurança. Além disso, os materiais podem estar desgastados devido ao uso e as cadeiras deixam de ter o desempenho adequado.