Este verão, solteira e sem estar à procura do amor, voltei às aplicações de encontros com um objetivo definido: arranjar um amante, uma pessoa para partilhar bons momentos (físicos, claro está) sem haver necessariamente um compromisso. E arranjei. Sendo sénior neste tipo de plataformas digitais, o que mudou foi a minha postura: preparada para a frustração e para o ghosting, tive de esperar apenas algumas semanas até encontrar alguém que estava alinhado com os meus objetivos. Até agora ainda ninguém se chateou com ninguém, e o verão ainda só vai a meio.

A minha Barbie era lésbica. Será que eu também sou?
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Pure: para quem não gosta do típico perfil com 500 fotos e descrições parvas, esta é a aplicação ideal. Está muito vocacionada para os encontros sexuais mas, aqui que ninguém nos ouve, foi nesta app que conheci o meu ex-namorado (e foi uma das melhores relações que já tive). Tal como a maioria das apps deste género, tem uma versão paga, que permite aceder a uma seleção mais personalizada. É também uma das apps mais seguras que já experimentei: as imagens desaparecem assim que são visualizadas e é proibido fazer capturas de ecrã (os utilizadores são notificados quando existe uma tentativa). 8/10.

Hinge: O modo de funcionamento é relativamente parecido com o Tinder, mas a diferença é que esta aplicação ainda é pouco usada em Portugal, o que é uma excelente forma de não ter de se cruzar com pessoas com quem teve matches que correram mal noutras aplicações. A principal inovação em relação a outras apps é que é possível gostar de partes do perfil de outra pessoa (como a descrição ou uma foto), ao invés do perfil total. A versão gratuita é bastante limitada mas dá para o gasto. 7/10

Bumble: "make the first move" (dá o primeiro passo) é o grande fator diferenciador do Bumble em relação ao Tinder. São as mulheres que têm de tomar a iniciativa aquando um match, o que faz com que, segundo já me contaram muitos homens que estão na app, passem dias a fio sem ter sequer uma conversa iniciada (meninas, se estão ali, mexam-se. O tempo da Cinderela já passou). Já fui mais fã do Bumble do que sou agora, e continuo a não perceber o propósito das opções não orientadas para o dating ("amizade" e "networking"). Será que alguém as usa? Se calhar há e sou eu que sou preconceituosa. Apesar de tudo, continua a ser um bom sítio para encontrar pessoas, sobretudo devido ao volume de perfis que existem em Portugal. Preparem-se para muitos nómadas digitais, surfistas, e divorciados bem parecidos com cães. A aplicação é gratuita embora existam alguns extras pagos (mas não essenciais). 6/10