Quantas vezes já disse ou ouviu: era tão bom que existisse um botão on/off para as emoções? Na incapacidade de superarmos a nossa humanidade, existem outras atitudes que podem ser tomadas.
Para construir relações felizes e saudáveis, é necessário acima de tudo permitir-se sentir, mas de uma forma mais consciente, e é aí que está o desafio, a dificuldade e o tal mecanismo que muitos procuram, acima de tudo porque os sentimentos não são algo palpável, sente-se mas não se vê.
A chave está mesmo em perceber a forma como nos sentimos e o porquê, e assim compreender as nossas ações, pensamentos e emoções.
Vamos lá analisar melhor isto.
1. Prestar atenção à reação física
Conhecer as nossas respostas físicas a uma determinada situação espoletada por uma emoção torna mais fácil controlar e prever essas mesmas reações, tornando-as menos relevantes ao longo do tempo. Fechar os olhos, respirar fundo e controlar a respiração, acalma o corpo e a mente, o que leva a que se sinta mais relaxado/a.
2. Substituir pensamentos negativos
Todos somos os criadores das nossas emoções, sendo estas resultado das nossas perceções através dos sentidos e dos nossos pensamentos. Tendo isto em conta, também percebemos que quem controla a nossa mente somos nós. Assim sendo, podemos transformar projeções negativas, substituindo-as por algo mais concreto e realista. Correlacionar o pensamento com a emoção que advém do mesmo permite-nos traçar um padrão e identificar comportamentos que são muitas vezes inconscientes.
3. Suprimir sentimentos
Não expressar emoções é o pior que podemos fazer a nós próprios, pois não estamos a ser honestos connosco. Mas muitas vezes é difícil encontrar as palavras certas no momento e até mesmo a coragem para o fazer. Se sentir que ainda não é capaz, então aquilo que sugiro sempre é escrever uma carta, onde nada fique por dizer ou por sentir, seja positivo ou negativo. Depois de a escrever releia, perceba o que sente. Tudo fica mais real. Depois então decida se a envia ou não.
4. A companhia contagia
De facto se estivermos perto de alguém que esteja a chorar, por empatia mesmo que inconscientemente, a tendência será sentir-se triste. Por outro lado, se estiver com alguém que se está a rir às gargalhadas, o mais certo é dar por si a sorrir sem sequer ter percebido. Assim, percebemos que os sentimentos são muitas vezes reações ao que se passa à nossa volta, por isso quanto maior consciência tivermos do nosso Eu, melhor poderemos observar o meio ambiente e ter um maior insight, percebendo que cada um tem o seu modelo do mundo, ou seja, o que o outro sente muito provavelmente pode não ser o mesmo que nós sentimos.
Concluindo, não existem sentimentos certos ou errados, a nossa perceção sobre os acontecimentos e as emoções adjacentes, não nos isolarmos da vida e expressarmos os sentimentos de forma mais consciente, é que nos torna mais capazes de lidar com as mesmas.
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