Bacalhau, peru, bolo rei e está feita a festa, certo? Parece que não. É que há zonas do País onde o peixe nem sequer é opção e outras nas quais a carne de aves é substituída por borrego.
Há a eterna batalha de sotaques entre rabanadas e fatias douradas, entre formigos ou mexidos, e entre os que comem roupa velha e aqueles para quem misturar sobras da noite anterior não devia ser prato digno de Natal.
É que Portugal é pequeno, mas a imaginação das gentes fez com que fosse possível servir pratos diferentes, todos os dias, até ao fim da humanidade.
Demos a volta a Portugal, não em bicicleta, mas em pratos de Natal. E desengane-se se acha que o bacalhau esgota em todas as peixarias da região. Bolo de mel? Só na mesa de Natal do Alberto João Jardim.