Um estudo realizado nos Estados Unidos e divulgado esta terça-feira, 25 de janeiro, revela que a vacinação contra a COVID-19 não afeta a taxa de fertilidade nas mulheres submetidas a tratamentos de fertilização in vitro.

Para os autores da investigação, publicada na revista Obstetrics & Gynecology, estes resultados somam-se ao "crescente corpo de evidências" que garante que a vacinação contra o novo coronavírus não afeta a fertilidade.

Com o objetivo de chegar a resultados, a equipa de investigação do Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque, comparou taxas de fertilização, gravidez e aborto prematuro em pacientes de fertilização in vitro que receberam duas doses da vacina, da Pfizer ou Moderna, e obtiveram os mesmos resultados que entre as mulheres não vacinadas, lê-se na notícia avançada pelo "Diário de Notícias".

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"As nossas conclusões de que a vacinação não teve impacto nestes resultados devem ser tranquilizadoras para as mulheres que estão a tentar engravidar ou que estão no início da gravidez", frisou Devora A. Aharon, a principal autora do estudo e especialista em fertilidade da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai (ISMMS).

Neste estudo, os dois grupos de transferência de embriões congelados e descongelados (214 vacinadas e 733 não vacinadas) obtiveram taxas semelhantes de gravidez e perda precoce de gravidez. Já os dois grupos de mulheres submetidas à estimulação ovárica (222 vacinadas e 983 não vacinadas) apresentaram taxas semelhantes de recuperação de óvulos, fertilização e embriões com número normal de cromossomas, escreve o mesmo jornal.

"Com este trabalho podemos ajudar a tranquilizar os pacientes em idade reprodutiva e permitir que tomem as melhores decisões. Cria conforto às pessoas saberem que a vacina contra a COVID-19 não afeta o seu potencial reprodutivo", refere o hospital em comunicado.

Além disso, os investigadores frisaram ainda que estudos anteriores apontam que a vacinação ajuda a proteger as mulheres grávidas contra o desenvolvimento da doença grave, confere anticorpos aos bebés e não aumenta o risco de parto prematuro ou problemas de crescimento do feto, lê-se no "DN".