Se foi um comentário impulsivo ou não, para já não se sabe. A verdade é que Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo e dono da Tesla e da SpaceX, reuniu com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e falou sobre a possibilidade da rede social X passar a ser paga para todos os seus utilizadores.

De acordo com a “BBC News”, o multimilionário afirmou que um sistema de pagamento era a única forma de combater os bots. "A razão mais importante pela qual vamos passar a ter um pequeno pagamento mensal para a utilização do sistema X, é que é a única forma que me ocorre para combater os exércitos de bots", disse Musk durante uma transmissão ao vivo no X.

Os bots são programas de software que executam tarefas automatizadas e repetitivas, imitando o comportamento do usuário, e existem várias contas bots espalhadas pela aplicação. Como explica Musk, “Um bot custa uma fração de um cêntimo, chamemos-lhe um décimo de cêntimo (…). Mas se alguém tiver de pagar alguns dólares ou algo do género, uma pequena quantia, o custo efetivo para os bots é muito elevado". Segundo a “Business Insider”, o empresário norte-americano garante que o objetivo de levar as pessoas a pagar pelo serviço é exclusivamente para combater os bots.

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Se Musk decidir avançar com o pagamento da plataforma para todos os seus utilizadores, o mais provável será perder uma grande parte do público. Ainda assim, o empresário garante que está a pensar em opções mais baratas para conseguir fechar essa lacuna. "Vamos criar um nível de preços mais baixo. Queremos que seja apenas uma pequena quantia de dinheiro", afirmou.

Desde que Elon Musk se tornou proprietário da rede social, em outubro de 2022, foi implementado o serviço X Premium, que dá acesso a verificação de conta mediante um pagamento mensal. Este pacote tem o custo de 8 dólares (7,48€) por mês nos EUA, e os subscritores têm acesso a mais funcionalidades, como publicações mais extensas e maior visibilidade.

Para além disso, Musk renomeou também a plataforma, passando de Twitter, como todos a conhecem, para X, e substituiu o programa que verificava os utilizadores com um visto azul, antes acessível apenas a figuras e entidades públicas. Esta mudança também já chegou a Portugal, com um custo de 8€ /mês (na versão web) e 11€/mês (para Android e iOs).