A gala do "Big Brother 2020" deste domingo, 31 de maio, ficou marcada um momento intenso: a curva da vida de Jéssica. Há dias o "Big Brother" pediu que a concorrente desenhasse o percurso de vida e o mesmo foi visto pela primeira vez na gala pelos espetadores e concorrentes. A curva que começou em 1997, com o nascimento, é feita de altos e baixos, baixos esses particularmente vincados pela toxicodependência da mãe que marcou grande parte da vida de Jéssica e fez com que a concorrente ganhasse a sua independência ao ir viver sozinha com apenas 18 anos.

Jéssica começa por contar que ainda jovem foi viver com os pais para França, mas por volta de 2000 os mesmos separaram-se, revelando apenas que o pai "não se portou bem" com a mãe. Foi nessa altura que a mãe ficou com traumas pelas coisas "muito graves", diz, que o pai fez.

Sem condições para cuidar da filha depois da separação, a mãe de Jéssica, ainda jovem, deixou-a ao cuidado dos avós da concorrente, os mesmos que desenhou na curva da vida com um grande coração em volta. "Os meus avós estão dentro de um coração muito grande porque para mim foram e são as pessoas mais importantes. Até tenho uma tatuagem com o nome deles, que é Júlio e Helena", disse Jéssica enquanto apresentava o quadro onde desenhou a curva da vida.

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Depois de falar do avós, a curva cai a pique: "De vez em quando, quando a minha mãe morava na Suíça, ia lá passar férias. Mas a situação da minha mãe não estava muito bem porque ela tinha problemas de toxicodependência", revela a concorrente, acrescentando que "não foi uma infância muito bonita".

"As piores memórias que tenho são da minha mãe quando estava de ressaca. Ela por aquilo fazia tudo e não ouvia ninguém. Não me ouvia a mim, que era a filha dela, não ouvia o marido dela", conta. Jéssica continua a falar da sua vida e passa para a subida da curva em 2010: "Uma alegria foi quando o meu irmão Samuel nasceu. A minha mãe quando estava grávida, e mesmo depois de alguns meses, não tinha tocado mais nessa situação, mas depois de alguns meses foi mais abaixo ainda", tal como a curva da vida de Jéssica.

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A concorrente revela que a mãe voltou a cair na toxicodependência em 2012, situação que foi para Jéssica um "desprazer", razão pela qual tenta não se lembrar destes momentos porque fica chateada: "Às vezes penso que ela foi uma egoísta", diz.

Avança para 2015, ano em que foi morar sozinha, no entanto, em vez de ser um ano de felicidade a concorrente conta que caiu numa depressão: "Cada semana chorava. Chorava porque me lembrava de situações passadas, de momentos que passei com a minha família e sentia-me sozinha porque a minha família também me tinha abandonado", revela emocionada.

Também este ano marca a altura em que se arrepende de não ter ajudado a mãe quando ela mais precisava. Contudo, apesar das curvas baixas para as quais a mãe não contribuiu, à pergunta do "Big Brother" "ama a sua mãe", Jéssica respondeu: "Sim, eu amo a minha mãe. Mãe é mãe. Teve momentos fracos, mas todos temos na vida", diz.

Enquanto a apresentação decorria, a casa estava a assistir a toda a história da vida Jéssica e concorrentes como Noélia, Sónia, e especialmente Pedro, com quem tem uma relação na casa, estavam emocionados.

Por fim, já em conversa com Cláudio Ramos, Jéssica diz que a mãe foi uma grande mulher porque conseguiu sair da toxicodependência há alguns anos e é uma das pessoas mais importantes que tem na vida. "Crescendo percebi o porquê de ela ter essas recaídas e atitudes", revela e acrescenta que nunca pediram desculpa uma à outra, mas que se tal acontecesse ficaria mais aliviada. Cláudio Ramos questiona sobre a relação com o pai, mas Jéssica diz que essa não existe neste momento e não tem pena que o mesmo aconteça.

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De seguida, o apresentador apresenta uma voz ao telefone e apesar de inicialmente a concorrente achar que era a mãe, ao perceber que se tratava da avó desaba em lágrimas e diz-lhe que tem muitas saudades e não a quer desiludir. Durante a chamada o apresentador Cláudio Ramos fica muito emocionado ao ouvir a conversa entre a concorrente e avó.