Inês Bicho e Paulo Chadeca subiram ao altar na quarta temporada de “Casados à Primeira Vista”, na SIC, e estão a conquistar os portugueses. De lua de mel na Islândia, o casal está a aproveitar para se conhecer melhor e, numa conversa, a concorrente recordou a infância, marcada pela amputação do pai.
Aos 9 anos, Inês soube que o pai ia ser amputado. “Houve várias situações em que o meu pai queria sair de casa ou queria entrar em casa e não conseguia, porque o elevador estava avariado e depois começamos a ver esta situação muito recorrente. Aí, os meus pais foram forçados a procurar outra casa”, começou por dizer.
“Foi duro. Foi duro por várias coisas. Foi duro, porque foi o confronto com a realidade que estávamos a viver, que era completamente novo, e depois por todas as limitações com que fomos sendo deparados”, recordou.
Além disso, Inês relembra que as outras pessoas também dificultavam a vida da família. “Tínhamos um estacionamento à porta por causa do meu pai que as pessoas nunca respeitavam, o meu pai tinha uma cadeira de rodas elétrica que ficava à entrada do prédio e tinha sempre as canadianas para fazer a deslocação da cadeira de rodas para o carro e do carro para a cadeira de rodas, e por várias vezes ele chegou e tinham-lhe roubado as canadianas”, contou.
A concorrente revelou ainda um episódio que aconteceu com o pai que a marcou. “Aconteceu uma coisa com o meu pai que eu nunca, mas nunca me vou esquecer. Eu lembro-me que lá ao pé da nossa casa havia um supermercado e tinha um passeio, que não era muito alto, mas foi logo nos primeiros dias que ele teve a cadeira, mas conforme ele ia a subir, ele entrou meio de lado e a roda (...) virou e ele caiu, a cadeira tombou. O meu pai diz que passaram pessoas por ele que olharam e fingiram que não viram para não o ajudar”, disse, acrescentando que, “naquela altura, sentia que havia mais o virar a cara para o lado, o ignorar o óbvio”.
Depois desta partilha de Inês, o casal abraçou-se. “O abraço do Paulo é muito acolhedor nestes momentos”, referiu a concorrente. “Acho que a Inês tem tudo para ser uma pessoa que dá para constituir uma família”, refletiu Paulo.