A haver um prémio para a série mais polémica dos últimos tempos, "Por Treze Razões" estaria na linha da frente da corrida, lado a lado com "Euphoria", da HBO. A segunda temporada da série termina com a ameaça de um tiroteio em massa depois de Tyler (Devin Druid) se decidir vingar de todos aqueles que o maltrataram durante o tempo de escola. Na terceira, Bryce Walker, o vilão da história, aparece morto e toda a temporada é passada a tentar descobrir quem terá sido o culpado e de que forma é que isso poderá influenciar as ações do grupo de amigos da série.
Pelo meio há consumo de drogas, cenas de sexo e de violência explícita que culminam neste quarto capítulo, que é também o último da série, que chegou ao catálogo da Netflix a 5 de junho. Aqui, a premissa é outra: a pessoa que é suspeita de ter morto Bryce tem alibi confirmado e, por isso, não era possível que, naquele dia e naquela hora, estivesse no local do crime.
O espectador sabe, desde a terceira temporada, quem é o responsável. A polícia, não. E os últimos episódios são repletos de momentos semelhantes àqueles que "Por Treze Razões" foi habituando os fãs desde o início. Mas será que, no meio de todo o conflito, há danos irreversíveis em algumas das personagens principais da história?
Será que Clay, por exemplo, é capaz de lidar com o trauma e a raiva que sente desde que a melhor amiga, Hannah Baker, tirou a própria vida? Além de ser um dos protagonistas, Clay é também uma das personagens mais complexas da série e tudo o que acontece até ao final muda-o por completo. Se antes era um miúdo alegre, ainda que introvertido, a verdade é que é desde o início da história que passa a ter sérias dificuldades em comunicar, em explicar-se e até a confiar nos outros.
E o que dizer de Justin Foley, o miúdo demasiado problemático que, de repente, se vê nos braços de uma família que o acolhe depois de conhecer a sua história trágica? Se desistiu de "Por Treze Razões" a meio, mas, ainda assim, tiver interesse em saber exatamente o que é que aconteceu aos 8 protagonistas da história, este artigo é para si.
Há desfechos felizes, mas há outros muito trágicos e que, por isso mesmo, serviram para criar novas reviravoltas na história.