Pastor do "Big Brother 2020" não quer conhecer os pais biológicos. "Pai é quem cuida, não é quem faz e depois deita para o lado"

O concorrente emocionou os colegas ao falar do amor que sente pela família. E falou ainda da morte do irmão.

Ficámos a saber da história de vida de Rui Alves, o pastor do “Big Brother 2020” através do pequeno vídeo de apresentação que pudemos ver logo na primeira gala. O pastor de Vila Real explicou que tinha sido abandonado em bebé e que tinha sido adotado pelos pais ainda em criança.

Agora, foi a vez de revelar a sua história aos colegas numa transmissão digital que reuniu todos os concorrentes.

“Quando eu nasci os meus pais verdadeiros puseram-me no Hospital de Vila Real. Deixaram-me, abandonaram-me”, começou por explicar. “Estive no hospital alguns meses e um médico queria que eu tivesse uma família. Como já conhecia os meus pais [adotivos], perguntou-lhes se não me queriam adotar. Então os meus pais adotaram-me”.

Rui acrescentou ainda que só mais tarde soube que era adotado e que nunca quis saber quem eram os pais biológicos. “Não quero saber. Quem cuidou de mim foram estes pais. Estes pais que cuidam são mesmo verdadeiros, os outros quero que se lixem. Fico feliz por me terem adotado”.

Fábio Martins questionou o concorrente sobre se alguma vez sentiu diferença dos irmãos, que eram filhos biológicos dos pais. Rui respondeu que não. “Nunca existiu diferença nenhuma. Eles tratavam-se como os tratavam a eles. Pai é quem cuida, não é quem faz e depois deita para o lado”, reiterou.

O pastor de Vila Real relembrou ainda o irmão que morreu há dois anos, vítima de uma overdose de droga. “O meu irmão quando era vivo dizia-me sempre que eu para ele era como um filho. Se tivesse que me dar umas lambadas, se estivesse a fazer asneiras, ele dava-me. Nunca o vou esquecer. Também foi ali um segundo pai”.

O concorrente explicou que a família é tudo para sim e que nunca os quer perder. “Claro que um dia vou ter de os perder, mas para já não os quero perder. Eles vão estar sempre aqui no meu coração. Apoiam-me em tudo. Foram eles que me ajudaram a ter aulas de acordeão, foram eles que me compraram o instrumento. Eu agradeço por isso. Sinto-me feliz com isto”. Os restantes concorrentes seguiram atentamente a história visivelmente emocionados.