Fazendo jus às opiniões vincadas a que já habituou os telespectadores do "Big Brother", Ana Garcia Martins não se coibiu de comentar o tema que marcou a semana do reality show: os comportamentos de Bruno de Carvalho para com Liliana, que, este domingo, 13 de fevereiro, desencadearam uma queixa no Ministério Público.
A comentadora começou por dizer que não podia "discordar mais" da posição tomada por Cristina Ferreira no início do programa, posição essa que reflete a decisão conjunta da TVI e da Endemol, produtora do formato. "O que se vê em relação ao Bruno não tem a ver com preferências, com ódio. Tem a ver com um comportamento que é visível para toda a gente e, por mais que não possamos ter acesso às imagens todas, temos um canal que está aberto 18 horas e que nos permite ver muito do que acontece nesta relação", disse Ana Garcia Martins.
A comentadora fez questão de salientar que não critica Bruno de Carvalho por "ódio", mas sim "pelo que ele faz a uma mulher". "Independentemente de eu concordar e de não ver nada de mal, não deixa de ser um péssimo exemplo para muitas mulheres que estão aqui fora", sublinha.
A Pipoca Mais Doce refere ainda que não é por Liliana não ver nada de anormal nos comportamentos de Bruno de Carvalho que os mesmos são aceitáveis. "Normalmente as vítimas são manipuladas por causa disso, porque não percebem que estão a ser manipuladas. E não vamos ignorar a dimensão que isto ganhou", continuou a influenciadora digital, dizendo que era a única que estava a tomar esta posição de crítica para com o comportamento do ex-presidente do Sporting.
Nesse momento, Cristina Ferreira afirma: "nunca estarás sozinha na luta contra a violência doméstica. Nessa estou ao teu lado". Ana Garcia Martins prossegue, dizendo que o facto de não ter havido qualquer sanção indicia cumplicidade por parte do formato para com os referidos comportamentos.
"Acho que o dizermos que eles lá dentro acham que está tudo bem, que não se passa nada, é insuficiente. Por muitíssimo menos do que isto, outros concorrentes não só foram chamados à atenção como sofreram uma sanção. Nós estamos a normalizar, a dizer que não se passa nada e aparentemente vamos banalizar e os portugueses que decidam", continuou.
A comentadora terminou a sua intervenção com uma dura crítica à postura adotada pelo formato relativamente a este tema. "Acho que este programa ganhava muitíssimo mais se visse isto com outros olhos e agisse em conformidade. Só esta conversa parece-me manifestamente insuficiente para a gravidade do problema que estamos todos a assistir", concluiu.