44.º dia de guerra. Volodymyr Zelensky considerou que a situação em Borodyanka, onde esta quinta-feira (7) foram descobertos 26 cadáveres entre os escombros de um edifício bombardeado, é "significativamente mais terrível" do que a de Bucha e acusa ainda os russos de estarem a espalhar corpos em Mariupol para depois culparem o exército ucraniano pelos massacres.

Pivô da CNN Portugal desaba em lágrimas com notícia sobre a guerra na Ucrânia
Pivô da CNN Portugal desaba em lágrimas com notícia sobre a guerra na Ucrânia
Ver artigo

Horas depois de a União Europeia (UE) ter avançado a intenção de aumentar em 500 milhões a verba que apoia o financiamento de armas para a Ucrânia, nas primeiras horas desta sexta-feira (8), a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, embarcaram num comboio na estação polaca de Przemysl, rumo à Ucrânia. 

Os representantes da UE deixaram a Polónia com o principal objetivo de reunir com Volodymyr Zelensky, em território ucraniano. Por volta das 6h50, Von der Leyen e Borrell já teriam chegado à Ucrânia, onde surgem acompanhados do primeiro-ministro da Eslováquia, Eduard Heger.

A visita surge poucos dias depois de a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, se ter deslocado a Kiev, onde esteve com o presidente ucraniano e o presidente do parlamento do país, avança a CNN Portugal.

Portugal entra para lista de inimigos da Bielorrússia

Portugal, em conjunto com os restantes países da União Europeia (UE), foi incluído na lista de inimigos da Bielorrússia, publicada esta sexta-feira (8), no portal online do governo.

A lista, da qual fazem parte também países como Austrália, Albânia, Canadá e Estados Unidos, entre outros, entra de imediato em vigor e segue assim o exemplo da Rússia, que já tinha declarado a UE e os seus estados-membros como inimigos. Isto, no caso, devido ao apoio dado à Ucrânia e às consequentes sanções aplicadas à Rússia de Putin.

Esta decisão surge assim como mais uma consequência da guerra na Ucrânia, que já arrancou há 44 dias, a 24 de fevereiro.

Odessa foi o principal alvo da Rússia durante esta madrugada

Já circulavam fotografias em grupos da aplicação Telegram, mas o ministério da defesa russo confirmou, há poucas horas, que destruiu um centro de treino de mercenários estrangeiros em Krasnosilka, perto da cidade de Odessa. De acordo com a Reuters, citada pela RTP, o porta-voz do ministério refere que o centro foi destruído com "mísseis de alta precisão" do sistema de mísseis costeiros Bastion.
O coronel Vladislav Nazarov, oficial do comando operacional sul da Ucrânia, confirmou ainda que durante esta madurgada a cidade foi alvo de ataques aéreos russo, através de pelo menos dois mísseis. No entanto, as autoridades não revelaram se o ataque causou vítimas ou feridos ou, ainda, qual a extensão dos danos causados.

Borodyanka está completamente destruída, diz Zelensky

Na cidade de Borodyanka, a cerca de 80 quilómetros de Kiev, foram vários os edifícios atingidos por mísseis, durante a ofensiva russa, que, agora, se encontram completamente destruídos. Zelensky avança que a situação nesta cidade é "significativamente mais terrível" do que a de Bucha.

"Já começaram os trabalhos de remoção dos destroços em Borodyanka. Ali, a situação é ainda pior. Foram encontradas ainda mais vítimas dos ocupantes russos", esclareceu.

Recorde-se que esta quinta-feira (7), foram descobertos 26 cadáveres entre os escombros de um edifício bombardeado. As autoridades locais dizem que 200 pessoas podem estar mortas debaixo dos escombros, no entanto, até à data, ainda não há nenhum dado oficial confirmado.

Forças russas já abandonaram a região norte da Ucrânia

Por volta das 5h50 desta sexta-feira foi divulgado um relatório do ministério da defesa do Reino Unido, que revela que "no norte, as forças russas já se retiraram totalmente da Ucrânia para a Bielorrússia e para a Rússia".

"Pelo menos algumas dessas forças serão transferidas para o leste da Ucrânia para lutar no Donbass. Muitas dessas forças precisarão de reabastecimento significativo antes de estarem prontas para serem enviadas para o leste, com qualquer redistribuição em massa para o norte provavelmente a demorar, pelo menos, uma semana", lê-se.

Kiev diz que já controla Sumy, mas alerta para perigos na região

Até à data, a teoria britânica é confirmada pelas autoridades ucranianas. O exército russo começou a retirada de Sumy a 4 de fevereiro, mas só esta sexta-feira (8) chegou a confirmação de que a Ucrânia já controla toda a região de Sumy, no nordeste do país. Ainda assim, o território ainda não está livre de perigo, avança o chefe da Administração Militar de Sumy, Dimitro Zhivitski.

O líder militar avança que podem ser ouvidas explosões, mas esclarece que têm que ver com o trabalhos das forças de emergência, que "estão a neutralizar as munições deixada pelo exército russo".

"Existem muitas áreas minadas e inexploradas", acrescentou, pedindo aos civis para não se prontificarem a limpar as ruas, dado que ainda não estão livre de perigo. "Não é altura de limpar, mas sim de desminar", frisou.

Ainda assim, apesar de o exército ucraniano considerar que a situação em Sumy, por enquanto, está controlada, no leste, em Donbass, a investida russa continua a não dar tréguas. De acordo com as autoridades, só nas últimas 24 horas, registaram-se sete ataques nas regiões de Donetsk e Lugansk. Todos eles repelidos por Kiev.

O que pode está previsto para o dia de hoje?

No nordeste do país, está prevista a abertura de dez corredores humanitários, para retirar civis das zonas em perigo. A vice-presidente da Ucrânia já confirmou que foram acordados dez corredores humanitários para esta sexta-feira, sendo que há civis que terão de recorrer a carros particulares para concretizar a fuga. Principalmente, aqueles que estejam a sair de Mariupol.

Nas regiões de Mariupol, Berdyansk, Tokmak e Melitopol, o principal objetivo é transferir os civis em segurança para Zaporizhia, seja por transporte próprio ou autocarros.

Já para quem vive ou está em Severodonetsk, Lysychansk, Popasna, Hirs'ke e Rubezhne, estima-se que o rumo seja Bakhmut.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, devem reunir com o presidente ucraniano ainda durante a manhã desta sexta-feira, 8, no entanto ainda não há qualquer informação face à duração da reunião ou ao teor da discussão.

As coisas MAGGníficas da vida!

Siga a MAGG nas redes sociais.

Não é o MAGG, é a MAGG.

Siga a MAGG nas redes sociais.