Depois de a Cofina ter desistido da compra da TVI, agora há três grupos interessados na compra da estação de televisão. O empresário Marco Galinha, do grupo Bel, o gestor Gustavo Guimarães, representante do grupo Apollo e a Prozis Group fizeram uma oferta no inicio deste mês para comprar a Media Capital, grupo do qual faz parte a TVI, a Rádio Comercial e a Plural — conforme avançou o jornal "Público" esta quarta-feira, 22 de abril.
O mesmo jornal fala sobre o envolvimento da Nova Expressão, mas o grupo já veio desmentir o interesse no negócio: "A Nova Expressão é cliente de empresas do grupo Media Capital e nada mais. Não misturamos clientes com outros negócios", disse Manuel Falcão, membro do conselho executivo da agência de meios Nova Expressão, ao jornal "Dinheiro Vivo".
De acordo com o "Público" o financiamento do grupo Bel vai contar com o apoio do Novo Banco, o Millennium BCP e o espanhol BBVA. A nova proposta vem substituir a do consórcio liderado por Paulo Fernandes, do grupo Cofina, que acabou por cair há cerca de um mês, altura em que Portugal já estava sob a crise da COVID-19, pelo facto de a Media Capital, o grupo espanhol Prisa, ter falhado, por alguns milhões, o aumento de capital de 85 milhões.
Desde essa data surgiram movimentos e contactos, sabendo-se agora que é Marco Galinha, dono do grupo Bel, com actividade nas áreas da distribuição e da indústria, e proprietário do Jornal Económico, quem está por detrás da oferta de compra da Media Capital.
"Ao Governo chegou nos últimos dias uma carta a dar conhecimento desta intenção", adianta o jornal "Público". Ao mesmo jornal, Marco Galinha disse sobre a proposta de compra da Media Capital: "Como qualquer empresário português, estou interessado em analisar o dossier Media Capital, para mais tenho uma participação no Jornal Económico, onde estou empenhado".