Depois de ter testado negativo para o novo coronavírus, Donald Trump está de volta aos comícios. O presidente dos Estados Unidos discursou esta segunda-feira, 12 de outubro, no aeroporto de Sanford, no estado da Flórida, perante uma multidão de milhares de pessoas sem distanciamento social e onde o uso de máscaras não era generalizado, avança a agência noticiosa Associated Press (AP), tal como escreve o "Observador".
Trump, que esteve afastado da campanha eleitoral durante dez dias depois de ter testado positivo para a COVID-19 a 2 de outubro, surgiu com uma voz mais rouca do que o habitual, mas o teor do discurso manteve-se fiel ao seu estilo cáustico. O governante norte-americano disse sentir-se "poderoso" e capaz de "beijar os homens e as mulheres bonitas" da multidão, de acordo com o "The New York Times".
O presidente dos EUA falou durante cerca de uma hora, e chegou a afirmar que estava imune ao novo coronavírus. Atacou Joe Biden, acusando-o de atrasar propositadamente a vacina para "prolongar a pandemia", e criticou novamente a exigência do rival de manter o distanciamento social e o uso de máscaras durante a campanha eleitoral, avança a Lusa, citada pelo "Observador".
Durante o discurso, os participantes do comício mais próximos do presidente dos EUA não usavam máscara, e o próprio Trump não colocou a proteção para regressar ao seu avião.
Apesar de ter sido comunicado à imprensa internacional que Donald Trump já testou negativo à COVID-19, esta informação foi obtida através de um teste rápido, e não pela despistagem padrão à qual estão a ser submetidos centenas de milhares de norte-americanos, avança a France-Presse (AFP), citada pelo "Observador".
O médico do governante também não especificou em que dias foram feitos os exames, mas disse que os testes antigénicos não foram os únicos indicadores que determinaram que Trump já não está infetado.