Tudo é material para ser utilizado na campanha de candidatura à presidência dos EUA, em 2024. Esta madrugada de sexta-feira, 25 de agosto, pouco depois de ter sido detido sob 13 acusações, uma delas sobre conspirar para anular os resultados eleitorais em 2020, a campanha de Donald Trump decidiu estampar a fotografia divulgada pelas autoridades da Geórgia em t-shirts e fazer publicidade à candidatura do republicano e ex-presidente dos EUA.
À t-shirt, que está disponível no site oficial da campanha de Donald Trump “Trump Make America Great Again – 2024” por 34 dólares (31,50€), juntaram-se canecas (23,15€), autocolantes (11,11€), camisolas de manga comprida (31,49€) e proteções de latas de refrigerante (13,89€). Ainda se consegue ler “Never Surrender” ("Nunca nos renderemos" ou "Não se rendam") por baixo da fotografia estampada, que revela um Trump de sobrancelhas franzidas e maxilar contraído.
Durante a detenção na prisão de Fulton County, no estado da Geórgia, ao ex-presidente dos EUA foram retiradas as impressões digitais, como acontece com qualquer outro recluso. Trump foi registado com o número P01135809, de acordo com a CNN. Depois de ter passado pouco mais de 20 minutos dentro das instalações, o republicano foi libertado sob a fiança de 200 mil dólares (cerca de 185 mil euros), com a condição de não poder intimidar co-arguidos, testemunhas ou alegadas vítimas.
No entanto, Donald Trump não perdeu tempo e decidiu ele próprio utilizar a sua fotografia de detenção para fazer publicidade nas redes sociais, utilizando a plataforma X (antigo Twitter) e colocando apenas o link do site da sua campanha. A publicação já conta com quase um milhão de 'gosto' e é a primeira desde que o republicano foi banido da rede social em 2021.
Trump, que se candidata à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2024, é o primeiro ex-presidente a enfrentar acusações criminais, sendo este o seu quarto conjunto de acusações este ano. Em abril foi detido em Nova Iorque por suborno, em junho enfrentou acusações sobre a utilização indevida de documentos e, no início deste mês, foi acusado de tentar anular as eleições de 2020.