Joe Biden está cada vez mais perto de ganhar as eleições presidenciais de 2020: o candidato democrata soma 253 votos no Colégio Eleitoral, contra os 213 de Donald Trump, de acordo com os dados da CNN ao momento da publicação desta notícia. Existem votos a ser contados em estados decisivos como o Arizona, onde existem manifestantes apoiantes de Donald Trump, alguns armados, à porta dos locais de contagem dos votos, escreve o "Observador".

Neste estado, as últimas atualizações dão conta de uma redução na liderança de Joe Biden. De acordo com a CNN, foram contados mais de 62 mil votos antecipados nas últimas horas no condado de Maricopa (que inclui a cidade de Phoenix),e a liderança do candidato democrata estreitou-se no Arizona: Biden continua à frente, com 50,5% dos votos, mas Trump tem 48,1%. No entanto, a Associated Press e a Fox News já declararam o estado como vencido pelo Partido Democrata, enquanto canais como a CNN ainda aguardam.

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Na Pensilvânia, com 89% dos votos contabilizados (às 6h da manhã em Portugal), Donald Trump mostrava uma ligeira vantagem (50,7% contra 48,1% de Biden), mas a liderança tem vindo a diminuir. Quando o atual presidente dos Estados Unidos discursou na noite de terça-feira, 3 de novembro, tinha uma vantagem de cerca de 600 mil votos — agora, já está mais perto dos 200 mil, refere o "Observador".

Na Geórgia, onde os votos enviados por correio estão a beneficiar Biden, a contagem vai em 95%, e Trump lidera com 49,6%, com o ex-vice de Obama atrás com 49,1%. O Nevada e a Carolina do Norte também continuam a contar votos, com Biden a liderar o primeiro estado, e Trump o segundo — em ambos os casos, as votações continuam muito equilibradas.

No Wisconsin, onde Joe Biden terá vencido, a diferença de menos de 1% entre os dois candidatos permite um pedido de recontagem, e Trump já afirmou que o vai fazer. No entanto, caso a diferença dos votos seja inferior a 1%, mas superior a 0,25%, o candidato que pede a recontagem terá de assumir os custos.

Apesar de se ter declarado vencedor numa fase muito precoce do processo eleitoral e alegado fraude por parte dos democratas para manipular as eleições, Donald Trump pode não estar tão confiante como há 24 horas. O atual presidente estará "em baixo", declarou uma fonte próxima de Trump à CNN, refere o "Observador". De acordo com estas alegações, Trump  “não compreende totalmente a estratégia da sua equipa” com as ações legais postas em curso em vários estados norte-americanos, questionando porque é que os problemas apontados pela campanha não foram trazidos à tona mais cedo na votação.

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Mas o canal noticioso norte-americano avança que o presidente instruiu a sua equipa legal para mover estes processos numa altura em que estava confiante de que iria vencer as eleições. Com a confiança mais abalada no momento, Trump terá começado a acusar a sua campanha.

Do outro lado da "barricada", Joe Biden pede financiamento para enfrentar os processos que o atual presidente tem aberto nas últimas horas. "Donald Trump não decide o resultado destas eleições, nem eu. O povo americano decide. É por isso que lançamos o Fundo Biden Fight, para garantir que todos os votos são contados”, escreveu o candidato democrata no Twitter.