Seja porque já a viu em filmes ou porque já visitou a capital de Itália, de certo que conhecerá a Fontana di Trevi, a maior construção de fontes ao estilo barroco da Itália que, anualmente, leva milhares de turistas a deitar moedas para a água na esperança de verem os seus desejos realizados. No entanto, e de forma a tentar combater as consequências do turismo excessivo, a presidente da câmara de Roma já anunciou que estão em marcha novos planos para construir uma barreira em redor do monumento.

A notícia foi confirmada por Virgina Raggi, presidente da câmara e representante do partido Movimento Cinco Estrelas (politicamente posicionado à direita e conhecido por medidas populistas e próximas da extrema-direita), a 25 de janeiro. E sabe-se agora que o início das obras poderá estar para breve.

"A Assembleia do Capitólio aprovou uma moção apresentada pelo Movimento Cinco Estrelas para criar barreiras de proteção em redor da Fontana di Trev. Parece-me ser uma proposta assente em senso comum com o objetivo de proteger um dos monumentos mais importantes e visitados de Roma", escreveu a Raggi na sua página oficial de Facebook.

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A expectativa da presidente da câmara é que esta barreira se revele fundamental na tentativa de prevenir que o comportamento nocivo de vários turistas não ponha em causa o matrimónio. É que anualmente são conhecidos vários casos de turistas que saltaram para a água da fonte ou que se sentaram nas estruturas do monumento, danificando-o.

"Quero explicar a ideia para que se evitem quaisquer controvérsias daqui em diante. Seria uma barreira semelhante àquelas que já foram construídas para as várias fontes de Roma, como a Fontana delle Tartarughe. É uma solução que não vai impedir a vista para o monumento e que continuaria a permitir que os visitantes pudessem atirar moedas para a água", explicou.

E ainda que tenham sido várias as vozes que se exaltaram contra a medida, argumentado de que poderia ter impacto no turismo da região, a verdade é que, segundo Brandon Show, um guia turístico que falou com a revista "Lonely Planet", esta barreira não seria muito diferente daquelas que já estão erguidas em redor de outros monumentos de Roma.

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"As barreiras impedem as pessoas de entrar nas fontes sem que o campo de visão seja afetado. Mas também vai permitir salvaguardar não só a segurança do monumento, mas também dos visitantes que costumam tentar escalar o monumento até ao topo", revela.

Além da nova medida, que depois de aprovada na Assembleia irá agora para aprovação do Ministério da Cultura e do Património de Itália, Virgina Raggi quer ainda aumentar o número de agentes de polícia em patrulha junto ao monumento para evitar quaisquer acidentes.