Inês Carvalho, 23 anos, morreu na madrugada de quinta-feira, 24 de setembro, depois de ter sido baleada pela Polícia de Segurança Pública (PSP), em São João da Madeira, Aveiro. O tiroteio deu-se na sequência do assalto a uma viatura, crime que a mulher cometia com André "Pirata", o namorado que a deixou à porta da urgência hospital e fugiu.
Os três agentes do Comando de Aveiro estão a ser investigados. Estão em funções de secretária, avança o jornal "Correio da Manhã", tendo entregue as armas de serviço. Os agentes fizeram também o exame de recolha de vestígios de pólvora nas mãos, que irá ajudar a determinar o autor dos disparos.
O Ministério Público entregou à secção de homicídios da Polícia Judiciária (PJ) do Porto a investigação do inquérito-crime à morte da jovem. Há mais duas investigações abertas: um processo na Inspecção Geral da Administração Interna (tem poder para suspender polícias que tenham cometido crimes na forma de infracções) e o inquérito disciplinar, dependente de potenciais condenações na justiça face aos agentes envolvidos no tiroteio.
Em comunicado, a PSP explicou que os disparos foram resposta à tentativa de atropelamento sobre os agentes. Inês Carvalho morreu com um tiro fatal no peito. Houve ainda um seguro disparo, que a terá atingido de raspão.
A PJ está a tentar localizar André "Pirata", que foi há pouco tempo libertado da prisão de Custóias, tendo sido um dos 1874 reclusos a saírem da cadeia, na sequência do perdão de penas que serviu para mitigar o risco de transmissão do novo coronavírus da prisão. O homem estava a cumprir um pela pelos crimes de tráfico de estupefacientes e ameaças com arma branca. Dentro da prisão, o homem chegou a ser suspeito por tráfico de droga.