Devido à falha nas entregas de vacinas contra a COVID-19 mais de um milhão de portugueses, cuja inoculação estava prevista até ao final de março, veem agora a vacinação atrasada, avança esta sexta-feira, 12 de fevereiro, o Jornal "Público" . Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro, António Costa, informou esta quinta-feira, 11, que estava previsto Portugal receber no primeiro trimestre 4,4 milhões de vacinas contra o novo coronavírus, contudo o País só receberá 1.980.000 nesse período.

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A entrega das mais de quatro milhões de doses estipuladas no plano de vacinação, feito no início de Dezembro passado, para os primeiros três meses do ano de 2021 iriam permitir vacinar mais de dois milhões de portugueses até final de Março. Contudo, duas semanas depois do anúncio, Francisco Ramos, então coordenador da task force, admitiu numa entrevista ao "Público" que as doses que Portugal iria receber no primeiro trimestre dificilmente ultrapassariam os 2,5 milhões. "E, mesmo isso, é num cenário otimista, que implica que a aprovação da vacina da AstraZeneca ocorra muito depressa. Muito provavelmente será menos do que isso, seguramente um milhão e meio, entre a vacina da Pfizer e a da Moderna", afirmou então Francisco Ramos citado pelo mesmo jornal.

O gráfico apresentado no balanço do primeiro mês de vacinação estimava, segundo o "Público", que no segundo trimestre de 2021, entre 1 de Abril e 30 de Junho, deveriam chegar um pouco mais de cinco milhões de doses da BioNTech/Pfizer e da Moderna, não estando nessa altura calendarizada a entrega das mais de 6,8 milhões de doses que Portugal deveria receber da vacina da AstraZeneca/Oxford. Contudo, a mesma fonte noticiosa conseguiu apurar junto de um responsável envolvido no processo de distribuição da vacina que as entregas deverão atrasar-se até ao final do segundo trimestre. Deste modo, o grosso da vacinação da população residente em Portugal deverá concentrar-se nos três meses de Verão.

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De acordo com a mesma fonte, o Governo espera concluir a segunda fase de vacinação, que inclui cidadãos a partir dos 65 anos com ou sem doenças e pessoas entre os 50 e os 64 anos com determinadas patologias, no segundo trimestre. O "Público" adianta ainda que expectativa é a de que, antes do final de Junho, seja possível começar a vacinar a restante população, que, numa primeira etapa, não deve integrar crianças nem as mais de 750 mil pessoas que já estiveram infetadas com o novo coronavírus.

A situação atual faz com que, possivelmente, a vacinação de mais de quatro milhões de pessoas se concentre no verão, o que obrigará a administrar em três meses, pelo menos ,oito milhões de doses. Assim, será necessário vacinar, em média, cerca de 87 mil pessoas por dia, incluindo fins-de-semana — situação que o atual coordenador da task force, Vice-almirante Gouveia e Melo, já tinha afirmado ser possível.

Dado os atrasos, o fim da primeira fase de vacinação, que, inicialmente, previa a inoculação de 950 mil pessoas entre profissionais de saúde, residentes em lares e respetivos funcionários e pessoas com mais de 50 anos com determinadas patologias, só deve terminar já em abril, refere ainda o "Público".

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