O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo é atualmente o coordenador da task force responsável pela vacinação contra a COVID-19 em Portugal, tendo assumido o cargo após a demissão de Francisco Ramos. Em entrevista à TVI, esta terça-feira, 9 de fevereiro, o coordenador explicou que, atualmente, o ritmo de vacinação contra a COVID-19 em Portugal é de 22 mil doses por dia, mas assumiu que o País tem capacidade para muito mais.

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"No segundo trimestre, se vierem as vacinas que estão contratadas e que se pensa que virão, aí sim o ritmo aumenta para cerca de 80 mil vacinas por dia", assume o responsável referindo que na passagem do primeiro para o segundo trimestre será necessário assegurar algumas soluções.  De acordo com Henrique Gouveia e Melo, as soluções podem passar por "novos métodos de administrar a vacina", "postos de vacinação rápidas, ou postos de vacinação massiva, alargar o período, ao fins-de-semana, ou usar outros agentes que possam vacinar, como, por exemplo, as farmácias" — opções que estão já a ser preparadas, assegura o militar.

O atual coordenador na Task Force garante ainda que estão já a ser feitas experiências para garantir que o processo ocorre de acordo com todas as normas da DGS. Questionado sobre a capacidade máxima de vacinação no País, Gouveia e Melo assegura que Portugal consegue, usando a capacidade máxima, "ir das 100 às 150 mil vacinas por dia nos períodos normais — e nos fim-de-semana duplicar isso".

Em entrevista à TVI, Gouveia e Melo assume ainda que o preocupa a "organização" e a "preparação", "os tais treinos antes de chegarmos ao período" que devem ser feitos agora para que, quando chegarmos ao período, esteja tudo pronto "sem improvisações" para que não haja problemas. "Eu estou convencido de que o País tem a capacidade para fazer um ritmo muito elevado de vacinação", remata o atual coordenador da Task Force.