De acordo com as previsões do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a situação epidemiológica, Portugal poderá atingir novo pico da pandemia de COVID-19 já no início do próximo mês. A primeira semana de dezembro irá ficar marcada pelo maior número de casos registados com mais de 9 mil novas infeções diárias. O instituto estima que no dia 4 de dezembro seja atingido o número mais elevado, com 9776 novos casos de COVID-19.

De acordo com as projeções feitas pelo INSA, irá haver um aumento de cerca de 129 mil infeções, em pouco mais de uma semana, e o número total de casos confirmados chegará aos 397 853.  Quanto ao número de pessoas internadas, os valores também não são nada animadores, pois o mesmo documento prevê também um aumento significativo que irá ultrapassar a atual capacidade em unidades de cuidados intensivos do Serviço Nacional de Saúde.

Vivem juntos e partilham a cama. Porque é que um dá positivo à COVID-19 e o outro não?
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"Tendo em consideração a tendência observada na prevalência de doentes Covid-19 hospitalizados em enfermaria e UCI [unidades de cuidados intensivos], projeta-se que no dia 1 de dezembro o número de doentes Covid-19 em unidades de cuidados intensivos (UCI) seja 681", prevê o INSA, citado pela "Rádio Renascença".

Segundo a última atualização feita pela ministra da Saúde, Marta Temido, há apenas 589 camas em UCI destinadas aos doentes Covid-19, ou seja, menos 92 do que o número que se prevê necessário. "Esse é um número que varia diariamente. A capacidade que temos para acolher doentes Covid-19 pode ir até às cerca de mil camas, com prejuízo de outra atividade assistencial e é isso que nos preocupa", adiantou a ministra à "Renascença".

De acordo com o relatório elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, o País apresenta uma "taxa de notificação elevada e com tendência crescente".

Esta quarta-feira, 25 de novembro, Portugal registou 71 mortes e 5.290 novos casos de infeção pelo novo coronavírus.