Há mais 10 mortes e 2.581 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta quinta-feira, 5 de agosto, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.
Ao contrário do que tinha afirmado o Presidente da República, o Ministério da Saúde e até Graça Freitas, a DGS esclareceu esta quarta-feira, 4 de agosto, que os jovens saudáveis com idades entre os 12 e os 15 anos não devem ter acesso à vacinação contra a COVID-19 na fase atual.
"A possibilidade de acesso de adolescentes saudáveis à vacinação não se coloca nesta fase, dado que ainda estão a ser vacinadas faixas etárias acima dos 18 anos e está a ser dada prioridade a adolescentes e jovens com comorbilidades”, explicou a DGS numa nota, citada pelo "Diário de Notícias".
O esclarecimento surge depois de esta terça-feira, 3, a DGS ter divulgado a lista de doenças de maior risco associado à COVID-19 que justificam a vacinação prioritária de menores entre os 12 e os 15 anos. De acordo com o documento, os jovens com estas idades que sejam transplantados, apresentem doenças neurológicas e cardiovasculares, perturbações de desenvolvimento, cancros ativos, diabetes e obesidade, entre outras patologias, devem ser vacinados prioritariamente.
A marcar a atualidade está também o apelo da Agência Europeia de Medicamentos e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças à vacinação por ser a "chave" para a proteção contra a COVID-19 e para evitar mortes.
"Embora as vacinas disponíveis sejam altamente eficazes na proteção de pessoas contra casos graves de Covid-19, até que uma grande parte da população esteja imunizada a situação vai continuar a estar 'além de nós'. Testemunhamos um número crescente de casos de Covid-19 em toda a UE/EEE e as vacinas continuam a ser a melhor opção disponível para evitar um aumento de doenças graves e morte", disse Mike Catchpole, cientista do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, citado pela "TSF".