Face ao surto de contágio por COVID-19 em todo o mundo, as medidas são explícitas, exatas e para cumprir em nome da responsabilidade social e preservação da saúde pública: praticar uma vigilância proativa, mas sem alarmismos, e limitar o contacto social ao mínimo e estritamente necessário.
A ideia é tentar conter os números de contágio e permitir que, durante este tempo em que as escolas estão encerradas e há um limite de lotação para espaços públicos, os profissionais de saúde tenham tempo para se preparar e dar assistência a todos os casos que lhes cheguem.
Pelo menos no Porto, e a julgar pela série de fotografias que começaram a ser partilhadas nas redes sociais, as recomendações estão a ser seguidas à risca.
As imagens, que entretanto já se tornaram virais, mostram ruas semi-desertas, estabelecimentos fechados e pouco — ou quase nenhum — movimento. Exatamente tudo o que é necessário para que os casos de contágio não aumentem e o surto, pelo menos em Portugal, não fique fora de controlo.
Já em Lisboa, e apesar das recomendações de isolamento e distanciamento social, o Cais do Sodré esteve repleto de pessoas que, esta sexta-feira, 13 de março, saíram às ruas contra as indicações do Governo e das organizações de saúde.
A reportagem do "Correio da Manhã", que entretanto também viralizou, mostra um ambiente de festa, álcool e muita conversa numa altura em que o contacto social deve ser muito limitado.
Segundo a jornalista que esteve em direto para o canal, a multidão era composta essencialmente por estrangeiros que, em breves declarações para a televisão, revelaram não estar "minimamente preocupados com o surto" que está a afetar vários países do mundo.