Um médico infetado com o novo coronavírus morreu na madrugada desta quinta-feira, 18 de junho, nos cuidados intensivos do Hospital de S. José em Lisboa. A notícia é avançada pelo jornal “Público” que explica que o profissional estava internado há 40 dias nesta unidade. É a primeira morte de um médico por COVID-19 em Portugal.

O médico, cujo nome se desconhece, tinha 68 anos e era especializado em medicina geral e familiar, sendo que colaborava com a equipa de gastroenterologia do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, mas não fazia parte dos quadros, avança a mesma publicação. O especialista não teria ainda nenhum fator de risco associado.

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Esta morte vem provar “de forma indubitável o risco que correm os profissionais que estão na frente do combate”, reforçou Noel Carrilho, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), em declarações ao "Público". Lamentou também que estes profissionais não tenham “qualquer regime de penosidade ou de risco” e não deixou de comentar que esta primeira morte ocorre pouco depois de se ter anunciado a final da Liga dos Campeões em Lisboa.

“Os profissionais de saúde não querem medalhas nem jogos de futebol. Querem é ser reconhecidos da maneira que é normal em qualquer profissão, com melhores condições de trabalho”, avançou.

Já o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque Cunha, deu as “condolências à família” do médico e alertou que a pandemia em Portugal “está longe de ser controlada” e que existem cada vez mais profissionais de saúde a serem infetados com o novo coronavírus. “Infelizmente são cada vez mais os médicos infetados, como está a acontecer no IPO de Lisboa, no Amadora-Sintra. E há mais casos em medicina geral e familiar”.