Um inspetor da Polícia Judiciária (PJ), de 45 anos, está acusado de dois crimes de ofensa à integridade física qualificada e arrisca ficar suspenso de funções depois de ter disparado seis vezes contra um rapaz de 14 anos, explica o “Correio da Manhã”.

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O jovem, juntamente com mais seis amigos, deslocava-se a pé de um campo de futebol na zona da Pontinha, Amadora, em direção a uma pizzaria. A meio do percurso, um dos jovens ouviu um cão a ganir e decidiu subir para uma caixa de eletricidade e colocar a mão do outro lado da vedação, enquanto espreitava para o terraço da casa. Nesse momento, a mulher do inspetor, que investiga roubos e é instrutor de armamento e tiro na PJ há 10 anos, terá começado a gritar.

A partir daqui começou a perseguição do inspetor ao rapaz, primeiro de carro e depois a pé pelas ruas da Urbanização Colinas do Cruzeiro, em Odivelas.

Logo de início o grupo começou a fugir. O inspetor decidiu mostrar a carteira profissional e gritar: “Polícia c…! Polícia! Quietos! Todos parados!”. Como os jovens continuaram a correr e aí o inspetor disparou o primeiro tiro para o ar, com a sua arma de serviço - uma Glock 9mm.

Mas, a história não termina aqui. Durante a perseguição um homem que estava na rua ouviu os disparos e decidiu fugir, acabando por ser atingido na coxa direita. Ainda assim, o inspetor da PJ não acabou com a perseguição e durante o caminho disparou mais dois tiros na direção do rapaz.

O jovem procurou refúgio num estabelecimento, tendo o inspetor da PJ disparado mais duas vezes antes de o adolescente entrar. E continuou a correr atrás do rapaz por dentro do restaurante até à cozinha, onde tornou a disparar e o atingiu na coxa. Segundo o Ministério Público, todos os disparos tinham o jovem de 14 anos como alvo.

Já fora do estabelecimento, na rua, o PJ voltou a disparar e acertou no pé do jovem, que acabou por cair no chão, refere a CNN Portugal.

O jovem de 14 anos foi atingido na coxa esquerda e no pé direito, com um projétil no tornozelo. Foi operado de urgência no Hospital de Loures onde esteve internado seis dias.

A procuradora do Ministério Público (MP) refere que o inspetor da PJ atuou de forma consciente e com noção de que iria ferir o jovem. O MP pediu ao tribunal para o arguido não estar na sala de audiências, pois "inibirá o assistente e as testemunhas (menor e os amigos) de dizerem a verdade"

O inspetor disse ao Ministério Público que “atingiu os deveres e obrigações decorrentes do seu cargo público”, continuando a exercer as suas funções.

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