Há uma escola em Alverca do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira, que está a deixar o País em choque. Isto porque havia um grupo de rapazes que atraía meninas menores para locais isolados, abusava delas sexualmente em conjunto e filmava tudo – e dois dos agressores, que têm 17 e 18 anos, vão ser julgados pelo que terão feito.

O grupo terá cometido estes crimes em janeiro de 2022. As vítimas, que até agora são seis, eram raparigas menores, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos. Várias das violações foram cometidas em grupo, quando as meninas eram atraídas para verdadeiras ciladas em casas de banho públicas ou noutros espaços a que os arguidos tinham acesso, de acordo com o "Correio da Manhã".

Entre os vários cenários que terão acontecido, as menores eram forçadas a praticar sexo oral ou anal – e não conseguiam lutar contra os agressores, uma vez que se encontravam em inferioridade numérica, já que estes atos eram cometidos em grupo. Como se isto não bastasse, os jovens filmavam tudo e partilhavam os vídeos nas redes sociais.

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Foi precisamente a circulação dos vídeos na Internet que incentivou as vítimas a denunciarem os abusos, mas foram ameaçadas por amigos dos agressores que tentavam impedi-las de fazê-lo. Contudo, foi o encarregado de educação de uma das vítimas que acabou por contar tudo às autoridades.

De acordo com a SIC, o diretor da escola já suspeitava do que se andava a passar, uma vez que circulavam rumores de violações e de respetivas filmagens das mesmas. Isto levou-o a fazer averiguações internas durante dois meses, mas o filme só acabou quando o encarregado de educação de uma das vítimas fez queixa – e isto levou a que, no total, os jovens sejam julgados por 18 crimes de violação, abuso sexual de crianças, coação sexual, importunação sexual, ameaças e pornografia de menores.

Apesar de apenas os maiores de 16 anos serem julgados pelos crimes, a Polícia Judiciária sabe que existem pelo menos mais dois agressores que na altura dos crimes tinham apenas 15 anos, graças aos vídeos que estão na sua posse, continua a SIC. Isto significa que estes jovens vão responder pelos mesmos atos que os colegas mais velhos, mas no âmbito de uma ação tutelar educativa por serem menores.